Foto: Pena Filho / Agencia RBS Pais devem ajudar os pequenos a lidar com a situação |
Quanto maior o período no qual uma criança sofre bulliyng, mais grave e duradouro será o impacto sobre sua saúde, de acordo com um novo estudo do Hospital Infantil de Boston. A pesquisa é a primeira a examinar os efeitos do bullying desde o ensino fundamental ao ensino médio.
— Nossa pesquisa mostra que o bullying, a longo prazo, tem um grave impacto sobre a saúde geral de uma criança, e que os seus efeitos negativos podem se acumular e piorar com o tempo. Isso reforça a noção de que é necessário mais intervenção nesses casos porque quanto mais cedo uma criança parar de ser intimidada, menos duradouro será o efeito prejudicial sobre ela no futuro— diz a pediatra e cientista Laura Bogart.
Laura e sua equipe acompanharam um grupo de 4.297 crianças e adolescentes do quinto para o décimo grau. Os pesquisadores os entrevistaram periodicamente sobre sua saúde mental e física e suas experiências com o bullying. Entre os alunos do quarto ano, 22% disseram ser vítima de bullying frequentemente, o que diminuía à medida que as crianças cresciam, com 5% e 3% tendo apresentado o mesmo relato no nono ano.
Os pesquisadores descobriram que o bullying, em todas as idades analisadas, foi associado com uma pior saúde mental e física, aumento de sintomas depressivos e autoestima baixa. Os participantes que sofreram com bullying crônico também relataram maior dificuldade nas atividades físicas como caminhar, correr ou praticar esportes.
A pediatra também quer desenvolver melhores métodos de teste clínico de prevenção de bullying e de intervenção.
— Não há uma abordagem única e padronizada quando se trata de lidar com o bullying entre as crianças. Entretanto, professores, pais e médicos com melhores práticas sobre e entendimento sobre o assunto podem ajudar as crianças a lidar com este grave problema e diminuir os danos que ele causa— afirma Laura.
Zero Hora
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