O atendimento aos beneficiários das operadoras de planos de saúde, que
tiveram a comercialização suspensa ontem (18) pela Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) está garantido, transmitiu em nota oficial a Federação
Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde). A entidade representa 31 operadoras
de planos de saúde de 17 grupos empresariais.
A FenaSaúde assegura defender “critérios de avaliação transparentes e a
adoção de metodologias precisas de monitoramento do atendimento, que espelhem a
realidade de cada operadora avaliada, reduzindo as incertezas no processo de
apuração das reclamações dos beneficiários de planos de saúde”.
Os trabalhos do grupo técnico criado pela ANS para debater os critérios de
monitoramento do atendimento estão em curso. A FenaSaúde espera que a atividade
“gere resultados em favor dos beneficiários dos planos de saúde e da
sustentabilidade do mercado”.
A entidade criticou, entretanto, a determinação de prazos de atendimento
estabelecidos pela ANS, que considera “uma das mais restritivas do mundo”.
Segundo a federação, estudos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) mostram que em países desenvolvidos, como Canadá, Austrália,
Suécia e França, metade da população aguarda em média mais de quatro semanas por
uma consulta com especialista, e 20% esperam mais de quatro meses para fazer uma
cirurgia.
Em contrapartida, no Brasil, o prazo para atendimento ao beneficiário na
saúde privada é de sete dias para consultas e 21 dias para cirurgias eletivas. A
FenaSaúde afiança que apesar da diferença de prazos, as operadoras de planos de
saúde filiadas à entidade “empenham esforços contínuos para atender às
regulamentações dentro dos prazos estabelecidos, mesmo diante da falta de
infraestrutura médica do país”.
Agência Brasil
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