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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Novo exame é capaz de ‘medir’ envelhecimento

Foto: Reprodução
Paciente tem o sangue coletado e análise genética verifica se amadurecimento é compatível com a idade ou não. Teste avalia o risco de doenças como câncer
 
Rio - Novo exame genético disponível no Brasil é capaz de medir o nível de envelhecimento de uma pessoa e detectar predisposição a doenças como câncer, diabetes e problemas cardíacos. Através de uma simples coleta de sangue, é possível descobrir se o corpo está ‘amadurecendo’ mais rápido do que o esperado para a idade.
 
A técnica foi desenvolvida baseada no estudo dos telômeros, extremidades dos cromossomos que são responsáveis por protegê-los. Cada vez que as células se dividem, os telômeros encurtam, e é pelo tamanho dessas estruturas que são feitas as medições relativas ao envelhecimento.
                      
O índice de telômeros de um paciente é comparado ao de uma população da mesma faixa etária. Segundo a hematologista Regina Biasoli Kiyota, médica do Laboratório Alta Excelência Diagnóstica, o encurtamento dos telômeros a cada divisão celular faz parte do ciclo natural da vida, porém alguns hábitos ao longo dos anos podem contribuir para uma aceleração desse processo. É o caso do cigarro, do estresse e do sedentarismo.            
          
“Hoje, já detectamos a predisposição a problemas como diabetes, obesidade e alguns tipos de câncer. Mas muitas doenças poderão entrar nesta lista. A depressão é uma delas”, disse.
                      
O laboratório trouxe a técnica para o país há cerca de seis meses. Realidade nos Estados Unidos e na Europa, a novidade é aconselhável somente para adultos e idosos que apresentam histórico de doenças na família e que desejam conhecer os próprios riscos.
                      
Mas é preciso ter cuidado na indicação do exame, já que, ao lidar com resultados negativos, o paciente pode ter o lado psicológico abalado. “Ele deve ser receitado com bastante critério e a interpretação deve ser ainda mais cuidadosa”, explica a especialista. O exame custa em torno de R$ 2 mil e não está disponível pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
 
O Dia

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