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terça-feira, 11 de março de 2014

Sono insuficiente sinaliza risco de doenças cardíacas em adolescentes obesos

Thinkstock Photos
Estudo relacionou déficit de sono e doenças cardiometabólicas
 em adolescentes obesos
Para combater os problemas futuros, pesquisadores defendem avaliação do sono no prognóstico de adolescentes obesos

A clássica dificuldade dos adolescentes irem cedo para a cama e dormirem as regulamentares oito horas e meia por noite ganhou ainda mais gravidade. Pesquisadores americanos descobriram que adolescentes obesos que dormem pouco podem ter o risco de doenças cardíacas e diabetes aumentado. Eles afirmam, inclusive, que o déficit de sono pode servir como uma forma de prever o risco de doenças em adolescentes obesos.

No estudo, realizado por pesquisadores das universidades de Michigan e Baylor, nos Estados Unidos, foi visto que quanto menos se dorme, maior será o risco de desenvolvimento futuro de doenças cardiometabólicas - como infarto, AVC, diabetes, síndrome metabólica – em adolescentes obesos. Isso mesmo no caso dos jovem que não levam uma vida sedentária.

No estudo, os pesquisadores usaram medidas clínicas comuns, como circunferência da cintura, pressão arterial, colesterol LDL, triglicérides e taxa glicemia de jejum, para criar um score de risco de doenças cardiometabólicas. Trinta e sete adolescentes obesos entre 11 e 17 anos passaram por esta bateria de exames além de serem monitorados 24 horas por dia durante sete dias para medir padrões de atividade física e sono.
 
Apenas um terço dos participantes seguia a recomendação mínima de fazer 60 minutos de atividade física por dia. A maioria deles dormia cerca de sete horas a cada noite e costumava acordar pelo menos uma vez por noite. Apenas cinco dos participantes dormia o mínimo recomendado de oito horas e meia de sono por noite.
 
O estudo mostrou que mesmo entre os adolescentes obesos que já estavam no grupo de risco, a diminuição do tempo de sono foi prejudicial para o risco de doenças cardiometabólicas. Os pesquisadores afirmam, no entanto, que não é possível determinar o que vem primeiro: a obesidade, o déficit de sono ou a doença cardiometabólica. O que se sabe até agora é que há uma forte relação entre os três fatores.
 
“Nosso trabalho foi puramente associativo, mas vimos que há uma forte associação entre a duração do sono e o risco de ter estas doenças. Dormir mais significa menor risco de doenças cardiometabólicas para adolescentes obesos”, disse Heidi IglayReger, pesquisadora da Universidade de Michigan e autora do estudo.
 
Falta de sono e obesidade têm sido associados com o aumento do risco de doenças cardiovasculares e metabólicas em adultos e crianças, mas a associação não era tão clara em adolescentes, uma faixa etária conhecida pelo sono inadequado. “É difícil entender a relação entre sono, obesidade e doenças cardiometabólicas, pois todos são multidimensionais na natureza e estão interligados. Portanto, é difícil separar um do outro”, disse.
 
iG

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