Foto: Reprodução A Budweiser é a marca de cerveja patrocinadora oficial do torneio |
"O Brasil, país-sede, é certamente o favorito para ser o campeão da Copa do Mundo de 2014. Mas pouco importa o país que levará o troféu no dia 13 de julho, a verdadeira vencedora será a indústria do álcool", prevê o jornalista independente Jonathan Gornall.
O álcool é culturalmente ligado ao mundo do futebol, de acordo com o autor do artigo, que afirma que milhões de jovens estarão expostos ao marketing das empresas de bebidas durante a Copa.
A Federação Internacional de Futebol (Fifa) "possui um longo passivo que consiste em apoiar os interesses financeiros de seus parceiros, principalmente a Budweiser, marca de cerveja patrocinadora oficial do torneio, impondo sempre condições aos governos em todo o mundo".
Isso inclui, prossegue Gornall, a retirada de taxas sobre os lucros obtidos pelos parceiros comerciais durante a Copa do Mundo e "a intimidação" exercida sobre o Estado brasileiro para que permitisse que os torcedores consumissem cerveja nos estádios, ao contrário das leis em vigor no país.
"O poder da Fifa é tão grande que o Catar, um país muçulmano rígido, onde a legislação sobre o álcool é dura, já autorizou a venda de bebidas alcoólicas nos locais onde os torcedores estarão em 2022", indicou.
O British Medical Journal lembra que a França proibiu em 1991 a publicidade e os patrocinadores ligados ao álcool no esporte. E que, apesar do alerta dos fabricantes de cerveja, os eventos esportivos sobreviveram, e até progrediram, com novos patrocinadores.
AFP / R7
Nenhum comentário:
Postar um comentário