O pesquisador do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (Inpa) doutor em biotecnologia e recursos naturais
Carlos Cleomir diz que as propriedades dessa planta para a produção do
sabonete foram descobertas a partir de pesquisa para cura do câncer
Belo Horizonte — Usado apenas para a decoração de
interiores em razão da sua exótica flor em formato de bastão, o Zingiber
zerumbet, popularmente conhecido como gengibre amargo, agora pode
significar um importante recurso no combate à acne vulgar, problema que
atinge cerca de 90% dos adolescentes no país.
Até outubro, estará à
disposição no mercado um sabonete produzido a partir de óleo essencial
do rizoma da planta, que tem eficácia confirmada, em pesquisa que se
estendeu por mais de 15 anos, como antibactericida, vasodilatador,
antioxidante e cicatrizante.
Estudos japoneses demonstraram ainda que o
gengibre amargo, espalhado em quase toda floricultura e interior do
estado do Amazonas, detém componente ativo com potente atividade
citotóxica.
E não fica só nisso
E não fica só nisso
O pesquisador do Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) doutor em biotecnologia e
recursos naturais Carlos Cleomir diz que as propriedades dessa planta
para a produção do sabonete foram descobertas a partir de pesquisa para
cura do câncer, doença contra a qual se mostrou eficiente quando acomete
a pele, o fígado e o cólon.
“Estamos desenvolvendo vários outros
produtos, desde alimentos — iogurtes e geleias — até cosméticos”, afirma
Cleomir.
O
sabonete do gengibre amargo, de acordo com o pesquisador, está em fase
final de testes com voluntários para a análise de cor e odor do produto.
Em seguida, ocorrerá a validação. Cerca de 20 adolescentes usam o
produto, que tem entre 50g e 60g, durante um mês.
O sabonete é aplicado
duas vezes por dia e, em razão da falta de toxicidade, deve permanecer
na pele por três minutos. Depois, explica Cleomir, é só retirá-lo com
água.
O pesquisador diz que o primeiro produto genuinamente amazônico
vai chegar ao mercado com preço que deve variar entre R$ 15 e R$ 20,
garantindo um tratamento de baixo custo para a população.
Correio Braziliense
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