Thinkstock - Em 2012, Estado de SP registrou 2.767 mortes por dia por HIV |
O Governo de São Paulo lançou nesta quarta-feira (2) rede de combate à
Aids que promete reduzir o diagnóstico tardio e mortalidade por Aids,
aumentar a população testada, eliminar a transmissão vertical (mãe pra
filho), aprimorar a assistência integral e qualificar ações de
prevenção. Levantamento do Programa Estadual DST/Aids aponta que, em
2012 (dado mais recente), o Estado de São Paulo registrou 2.767 mortes
pela doença, média aproximada de 7,6 mortes por dia.
De acordo com o governo estadual, para a rede de atenção básica, o
programa prevê a capacitação dos profissionais de saúde para realizar
ações de prevenção junto à comunidade e população vulnerável,
disponibilizar materiais informativos, ofertar testagem sorológica,
incluindo exames rápidos para gestantes em pré-natal e tratamento de
outras importantes DSTs, como a sífilis.
Já a rede hospitalar será reorganizada a partir de três níveis
distintos de capacidade de atendimento — unidades estruturantes,
estratégicas ou de apoio.
As unidades estruturantes precisam, entre outros aspectos, manter
serviço de infectologia com referência para o tratamento de Sarcoma de
Kaposi (câncer comum em portadores de Aids), cirurgias reparadoras de
lipodistrofia (efeito colateral medicamentoso que provoca excesso de
gordura no abdome, tórax e nuca) e apoiar pesquisas científicas.
As unidades hospitalares estratégicas necessitam manter equipes de
infectologia capacitadas na rotina hospitalar da doença, no controle em
regime de internação de infecções oportunistas e no diagnóstico e
tratamento de agravos relacionados ao HIV/Aids. Já as unidades de apoio
devem realizar internações de pequena e média complexidade ou
internações de longa permanência voltadas à assistência e a reabilitação
do paciente com HIV/Aids.
Os encaminhamentos dos pacientes para atendimento hospitalar serão
intermediados pela Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de
Saúde), da secretaria.
Os profissionais envolvidos pela nova rede de atendimento participarão
de processos de capacitação, articulados entre o Centro de Referência e
Treinamento DST/Aids, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e a Rede
de Atenção Especializadas dos municípios.
Para integrar e criar maior dinâmica de acesso ao tratamento, o
programa ainda prevê parcerias com a Rede Hebe Camargo de Combate ao
Câncer (doença de importante incidência entre os portadores de HIV/Aids)
e ao Programa Recomeço (em virtude da vulnerabilidade dos dependentes
químicos à doença).
R7
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