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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Governo de SP lança rede para reduzir diagnóstico tardio de HIV

 Thinkstock - Em 2012, Estado de SP registrou 2.767 mortes por dia por HIV
Programa tem como objetivo eliminar a transmissão de mãe para filho

O Governo de São Paulo lançou nesta quarta-feira (2) rede de combate à Aids que promete reduzir o diagnóstico tardio e mortalidade por Aids, aumentar a população testada, eliminar a transmissão vertical (mãe pra filho), aprimorar a assistência integral e qualificar ações de prevenção. Levantamento do Programa Estadual DST/Aids aponta que, em 2012 (dado mais recente), o Estado de São Paulo registrou 2.767 mortes pela doença, média aproximada de 7,6 mortes por dia.

De acordo com o governo estadual, para a rede de atenção básica, o programa prevê a capacitação dos profissionais de saúde para realizar ações de prevenção junto à comunidade e população vulnerável, disponibilizar materiais informativos, ofertar testagem sorológica, incluindo exames rápidos para gestantes em pré-natal e tratamento de outras importantes DSTs, como a sífilis.

Já a rede hospitalar será reorganizada a partir de três níveis distintos de capacidade de atendimento — unidades estruturantes, estratégicas ou de apoio.

As unidades estruturantes precisam, entre outros aspectos, manter serviço de infectologia com referência para o tratamento de Sarcoma de Kaposi (câncer comum em portadores de Aids), cirurgias reparadoras de lipodistrofia (efeito colateral medicamentoso que provoca excesso de gordura no abdome, tórax e nuca) e apoiar pesquisas científicas.

As unidades hospitalares estratégicas necessitam manter equipes de infectologia capacitadas na rotina hospitalar da doença, no controle em regime de internação de infecções oportunistas e no diagnóstico e tratamento de agravos relacionados ao HIV/Aids. Já as unidades de apoio devem realizar internações de pequena e média complexidade ou internações de longa permanência voltadas à assistência e a reabilitação do paciente com HIV/Aids.

Os encaminhamentos dos pacientes para atendimento hospitalar serão intermediados pela Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde), da secretaria.

Os profissionais envolvidos pela nova rede de atendimento participarão de processos de capacitação, articulados entre o Centro de Referência e Treinamento DST/Aids, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e a Rede de Atenção Especializadas dos municípios.

Para integrar e criar maior dinâmica de acesso ao tratamento, o programa ainda prevê parcerias com a Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer (doença de importante incidência entre os portadores de HIV/Aids) e ao Programa Recomeço (em virtude da vulnerabilidade dos dependentes químicos à doença).

R7

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