Ao longo dos anos diversas dietas das mais diferentes origens e
métodos são disseminadas entre quem busca perder peso e manter uma vida
saudável, mas apesar dos resultados de fato existirem, estas dietas
utilizam um método "chato, burro e que enjoa", destaca o
endocrinologista Luciano Negreiros
Com três livros publicados sobre educação e conscientização
alimentar, Luciano defende que a alimentação precisa ser pensada como
saúde, e não apenas como um método para emagrecer.
Segundo ele, as dietas restritivas podem até trazer resultados, mas
são insustentáveis no longo prazo e não conseguem manter uma reeducação
alimentar sólida.
"Não gosto da ideia de dieta e regime, que você faz por um curto
período e não consegue manter no longo prazo", ressalta o médico.
Luciano lembra que a dieta restritiva até pode fazer sentido para
quem está em um tratamento médico e que precise perder peso rapidamente,
mas isso deve ser feito com o acompanhamento médico e profissional sob o
risco de haver deficiências nutricionais no médio e longo prazo.
"Geralmente fica uma dieta monótona, que por isso não consegue ser
levada a longo prazo. O ideal que a gente propõe é uma reeducação
alimentar, onde a pessoa consegue, além de mudar o corpo, mudar a
cabeça, que é o mais importante", ressalta.
Um dos maiores problemas destacados pelo endocrinologista é o grande
modismo que há com dietas do momento, como as atuais dietas do glúten,
da lactose e do carboidrato.
"O mundo está criando uma gama de pacientes que todos são
intolerantes à lactose e ao glúten, e isso é uma inverdade!", alerta
Negreiros ao ressaltar que muitas das pessoas que aderem a estas dietas
sequer teriam necessidade de abrir mão destes alimentos para emagrecer.
Além disso, ele destaca que para muitos pacientes estas dietas, que
vilanizam determinados alimentos ou ingredientes, podem trazer riscos
nutricionais, como uma baixa de energia numa dieta pobre em
carboidratos, ocasionando fraqueza.
O endocrinologista lembra que qualquer dieta deve ser elaborada de
forma individualizada para cada paciente, já que "a longo prazo pode
ocorrer outras deficiências se a dieta for feita por conta própria e sem
um acompanhamento de sangue e dosagem de nutrientes".
"O tratamento que tem resultado bom e no longo prazo, é aquele que
faz um balanceamento nutricional de carboidratos, proteínas e inclusive
gorduras, já que as gorduras saudáveis também são importantes e
prioritárias numa dieta", destaca.
Efe / Terra
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