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sábado, 23 de agosto de 2014

Projeto da APAZ quer conscientizar jovens sobre Alzheimer

De acordo com dados do Ministério da Saúde, filho é o provável autor da agressão na maior parte dos atendimentos de violência contra idosos

Rio - Enquanto a expectativa de vida no Brasil tem estado em ascendência, o Ministério da Saúde apontou que, em 2011, dentre os indivíduos com 60 anos ou mais, a violência física foi responsável por 64% das notificações de violência doméstica. Na maior parte dos atendimentos, o filho era o provável autor da agressão. Algumas associações têm se mobilizado, portanto, no sentido de frear esse cenário.

O projeto “Conhecer para Conviver”, da Associação de Parentes e Amigos de Pessoas com Alzheimer, Doenças Similares e Idosos Dependentes (APAZ), investe na conscientização dos jovens de hoje sobre como lidar com parentes mais velhos que têm a doença.

No Rio, somente de janeiro a maio deste ano, a Delegacia Especial de Atendimento a Pessoas de Terceira Idade (Deapti) registrou 374 atendimentos por violência a idosos no estado, uma média de 74 por mês.

Preocupada com esse número, a associação oferece apoio às famílias com reuniões mensais abertas para qualquer pessoa que cuide de um paciente com doença.

- Hoje em dia o núcleo familiar é composto dentro do mesmo espaço físico na sua maioria por três gerações: os mais idosos, os pais e os netos - afirma Maria Aparecida Guimarães, presidente da associação.

Ela afirma, ainda, que a maioria dos jovens não sabe lidar quando o avô ou a avó começa a sair da rotina.

- Se ele souber que isso pode ser um processo bem no início do Alzheimer, eles podem sinalizar para os pais e os pais levarão ao médico para um diagnóstico - explica.

Nas palestras, profissionais trocam informações com as famílias sobre como envelhecer melhor. Isso é, quais atividades físicas são as melhores, como manter a cognição saudável e que alimentos são mais indicados para o consumo. A associação informa também o tipo de prevenção que os jovens devem ter para investir em um envelhecimento ativo, de modo a atrasar o aparecimento do Alzheimer.

- Tudo isso contribui. Não garante, mas ajuda - explicou.

Guimarães contou, ainda, que dá início às reuniões de modo despretensioso, perguntando aos presentes quem conhece alguém que tenha Alzheimer e quem tem algum parente com Alzheimer. A partir das respostas das famílias, a conversa vai sendo trabalhada.

O Globo

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