Foto André Mourão / Agência O Dia
Os elásticos coloridos usados nas pulseiras: febre entre a garotada
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Inmetro diz, no entanto, que elásticos foram aprovados
Rio - Brincadeira que caiu no gosto de crianças entre 8 e 12 anos, as pulseiras de elástico feitas à mão, também conhecidas como rainbow loom, viraram motivo de polêmica.
A Proteste Associação de Consumidores enviou para órgãos de fiscalização um ofício pedindo fiscalização e recolhimento dos acessórios, que supostamente teriam uma substância cancerígena em sua composição.
No entanto, o Inmetro informou que os produtos à venda no mercado brasileiro foram aprovados e certificados após testes de componentes químicos, não oferecendo risco à saúde. Mas o instituto recomendou que os acessórios não devem ser comprados no mercado informal, onde não há um controle de procedência. Já o Procon-RJ divulgou que vai pesquisar se há algum estudo que comprove o possível risco à saúde. Somente neste caso, vai indicar a proibição da venda dos elásticos.
A Proteste fez o alerta tomando como base testes realizados na Europa. Lá, segundo a associação, estes produtos foram retirados do mercado recentemente por causa da presença de uma substância cancerígena.
Coordenadora institucional do Proteste, Maria Inês Dolci afirmou que a maior preocupação é quanto à origem de fabricação dos elásticos: “Na maioria dos produtos à venda, não há informações sobre procedência. Solicitamos que o produto seja retirado do mercado até a solução dessa questão”. Mãe de duas meninas aficionadas pelo brinquedo, Camila Leal, de 32 anos, passou por um susto. “Elas ficaram tão assustadas que largaram as pulseiras por conta própria”, comentou.
Médico orienta a evitar o uso contínuo do acessório
Mesmo sem haver uma comprovação sobre a suposta presença de substância cancerígena no material, o diretor do Instituto de Pediatria da UFRJ, Edimilson Migowski orienta as crianças a evitarem o uso contínuo. Contudo, segundo ele,não é preciso vetar totalmente as pulseirinhas já que elas estão ligadas a um processo positivo de socialização. “Se usarem só para ir a uma festa, por exemplo, não tem problema. Ruim é dormir com ela, ou passar muitas horas do dia com a pulseira em contato com a pele”.
O médico do Lucas Moreira, de 11 anos, passou todas estas orientações para a mãe dele, Letícia Moreira, de 39. “Meu filho me contou desse risco, mas o pediatra disse que tomando alguns cuidados, ele pode usar. Pelo menos, ele não está grudado no smartphone”, comemora a mãe.
O Dia
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