Unidade de saúde com 250 leitos encerra atividades após mais de um ano de crise financeira. Governo baiano e credores estudam alternativa para reativação
Após cerca de 129 anos em funcionamento, e de atingir uma capacidade de 250 leitos (60 deles de terapia intensiva), o Hospital Espanhol, de Salvador (BA), espera pela transferência de seus últimos pacientes para finalmente encerrar suas atividades, após alguns anos de amarga crise financeira. Administrado pela Real Sociedade Espanhola de Beneficência, o Espanhol foi até pouco tempo uma das principais unidades de saúde da capital baiana.
Desde a metade de agosto deste ano, os médicos pararam as atividades devido ao descumprimento de acordos salariais, obrigando o hospital a transferir pacientes (inclusive do SUS, que foram “regulados”, ou seja, remanejados para outras unidades). Cerca de 90 pacientes que realizam hemodiálise no local também devem ser enviados para outras unidades.
Apesar disso, a entidade não está tecnicamente fechada, e o governador Jaques Wagner assinou um decreto na quinta-feira (11) que declara os imóveis da Real Sociedade bens de utilidade pública, impedindo que eles sejam vendidos e sirvam a outros fins que não a assistência à saúde.
No dia anterior (quarta-feira, 10), uma audiência de mediação realizada entre o Ministério Público da Bahia, a Real Sociedade e os bancos credores terminou sem acordo. Nela, a gestora do Espanhol pediu que a cobrança de dívidas fosse suspensa por 120 dias, além de um novo investidor, para que a unidade não parasse de funcionar. Apesar de não estabelecer um prazo para reativação do Espanhol, os credores prometeram uma resposta para os pedidos em 30 dias.
Futuro
Se o decreto do governador baiano Jaques Wagner ao menos impede que o prédio do Espanhol se transforme em um hotel ou shopping, não significa que o estado vá assumir sua administração. Segundo o superintendente interino da unidade, Cláudio Imperial, ao G1, operadoras de planos de saúde e entidades filantrópicas apresentaram propostas de planos de negócios para a unidade.
As medidas de médio prazo, no entanto, só começariam a ser implantadas a partir de 2015.
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em nota, lamentou o encerramento das atividades do hospital e disse que fez “diversas tentativas no sentido de ajudar a unidade a sair da crise financeira”.
Ao jornal A Tarde, o secretário da Saúde da Bahia, Washington Couto, negou que o estado tenha a intenção de assumir a administração, apenas impedir que o prédio se torne alvo de especulação imobiliária. No entanto, na mesma entrevista, Couto não descartou a possibilidade de estatização, caso “nenhum investidor surja para administrar o hospital”.
Desde a metade de agosto deste ano, os médicos pararam as atividades devido ao descumprimento de acordos salariais, obrigando o hospital a transferir pacientes (inclusive do SUS, que foram “regulados”, ou seja, remanejados para outras unidades). Cerca de 90 pacientes que realizam hemodiálise no local também devem ser enviados para outras unidades.
Apesar disso, a entidade não está tecnicamente fechada, e o governador Jaques Wagner assinou um decreto na quinta-feira (11) que declara os imóveis da Real Sociedade bens de utilidade pública, impedindo que eles sejam vendidos e sirvam a outros fins que não a assistência à saúde.
No dia anterior (quarta-feira, 10), uma audiência de mediação realizada entre o Ministério Público da Bahia, a Real Sociedade e os bancos credores terminou sem acordo. Nela, a gestora do Espanhol pediu que a cobrança de dívidas fosse suspensa por 120 dias, além de um novo investidor, para que a unidade não parasse de funcionar. Apesar de não estabelecer um prazo para reativação do Espanhol, os credores prometeram uma resposta para os pedidos em 30 dias.
Futuro
Se o decreto do governador baiano Jaques Wagner ao menos impede que o prédio do Espanhol se transforme em um hotel ou shopping, não significa que o estado vá assumir sua administração. Segundo o superintendente interino da unidade, Cláudio Imperial, ao G1, operadoras de planos de saúde e entidades filantrópicas apresentaram propostas de planos de negócios para a unidade.
As medidas de médio prazo, no entanto, só começariam a ser implantadas a partir de 2015.
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em nota, lamentou o encerramento das atividades do hospital e disse que fez “diversas tentativas no sentido de ajudar a unidade a sair da crise financeira”.
Ao jornal A Tarde, o secretário da Saúde da Bahia, Washington Couto, negou que o estado tenha a intenção de assumir a administração, apenas impedir que o prédio se torne alvo de especulação imobiliária. No entanto, na mesma entrevista, Couto não descartou a possibilidade de estatização, caso “nenhum investidor surja para administrar o hospital”.
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