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domingo, 23 de novembro de 2014

Saúde dos dentes da mãe durante a gestação pode refletir no bebê

Foto: Mateus Bruxel / Agencia RBS - Tratamento
odontológico durante a gestação não prejudica o feto
Devido às alterações hormonais da gestação, o cuidado bucal das mulheres não deve ser deixado de lado
 
Os cuidados da mãe com a própria saúde bucal também fazem parte do pacote de bem-estar do bebê que está por vir. Desde a sétima semana de gestação, é necessário adotar hábitos que garantam que o pequeno também possa desenvolver uma dentição saudável. Mamães que fumam e consomem álcool, que têm carência nutricional e estão expostas a poluentes, febres altas e doenças na gravidez podem colocar a formação dos dentes do bebê em risco.
 
— Durante a gestação, o organismo feminino sofre muitas alterações hormonais e de dieta, principalmente. Orientamos que a gestante tenha assistência para saber dos cuidados bucais dela — alerta a odontopediatra Deisi Damin.
 
A especialista também ressalta que, durante a gravidez, a mulher fica mais suscetível a sofrer com gengivite e cáries. Por isso, é fundamental que objetos como colheres não sejam compartilhados, evitando a transmissão de bactérias. Estimular a amamentação materna até que a criança complete pelo menos seis meses também é importante, pois retarda o uso de chupetas e mamadeiras — possíveis hospedeiros de organismos prejudiciais à saúde bucal.
 
Segundo a odontopediatra, há estudos que associam a doença periodontal (infecções nos dentes) da mãe a partos prematuros e a crianças com baixo peso.
 
Mitos sobre cuidados com os dentes na gravidez
 
Muitas informações são disseminadas de forma errada
 
1. A gravidez provoca a perda de dentes e de cálcio na mulher
A mulher não perde o cálcio dos dentes para formar a estrutura mineralizada do bebê. Geralmente, os problemas ocorrem por higiene bucal inadequada e hábitos alimentares prejudiciais, como o consumo excessivo de doces.
 
2. Gestante não pode receber anestesia
As gestantes saudáveis podem ser anestesiadas e até as gestantes de risco — como as hipertensas e cardiopatas — podem receber anestesia local, sob orientação e supervisão de um médico, que avaliará a melhor alternativa.
 
3. O tratamento odontológico pode prejudicar o feto
O risco do procedimento a ser realizado é menor do que o decorrente dos problemas bucais não tratados, como, por exemplo, o surgimento de infecções. Visitar um dentista é fundamental para o diagnóstico e tratamento corretos.
 
Como lidar
Na gravidez, é muito comum que as mulheres sofram com náuseas e vômitos — o que pode causar desconforto na hora de escovar os dentes. Para controlar a acidez característica presente na boca, é recomendado que as gestantes façam bochechos com água ou tomem um copo com o líquido antes de escovar os dentes.
 
O ideal é que o acompanhamento com um odontologista especializado comece logo quando a gravidez está em fase de planejamento. Mas há outro período indicado: do quarto ao sexto mês de gestação. Nessa época, os enjoos diminuem e o peso da barriga ainda não torna a posição na cadeira odontológica desconfortável.
 
A amamentação materna deve ser estimulada, pelo menos, até os seis meses de vida do bebê. Isso reduz o contato com a mamadeira e as chupetas — que podem conter bactérias e prejudicar a saúde bucal das crianças —, impulsiona o desenvolvimento da musculatura da bochecha e dos lábios e auxilia na respiração nasal.
 
Zero Hora

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