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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Saiba como a tapioca pode ser aliada na dieta e aprenda três receitas

Depois de ser propagandeado como alimento funcional e por suas poucas calorias, produto virou febre no Rio Grande do Sul
 
"Faz-se por aqui umas broas chamadas beijus tão alvas e saborosas que superam e muito o pão desse reino."
 
O autor desse cândido elogio à tapioca, pasme, é Pero Vaz de Caminha. Com seu relato, o escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral fez a crítica gastronômica mais antiga da história escrita do Brasil, citando um ingrediente que é paixão nacional há bem mais de 500 anos: a tapioca.
 
E que, recentemente, deixou as regiões Norte e Nordeste, de onde é originário, para estourar nacionalmente. Na Capital, por exemplo, a Tapiocaria Beiju do Porto, localizada no Shopping Total, abriu em 2011. De quiosque "esquisitinho" ("Ninguém conhecia tapioca", diz o gerente Ricardo Souza), virou um dos preferidos. Para se ter noção, o faturamento do local aumentou mais de 100% em 2013.

Explicamos: a fécula, que nada mais é do que uma espécie de farinha extraída de tubérculos e grãos ricos em amidos, é extraída da mandioca, da macaxeira ou do aipim. Que, importante ressaltar, são raízes diferentes. Da produção da farinha, feita com a raiz triturada e prensada, escorre um líquido que, depois de decantado, dá origem à fécula úmida, de valor nutricional pobrinho, pobrinho. Ela não tem fibras, não tem proteínas e tem alto valor glicêmico (relativo à velocidade em que o carboidrato é digerido e transformado em açúcar no sangue).
 
Entretanto, é justamente essa ausência de propriedades nutricionais que torna a tapioca um alimento tão versátil e um aliado tão grande na dieta. É apontada por 10 entre 10 nutricionistas como a melhor substituição para o pão, por não conter gordura, glúten, sódio e por não precisar de óleo no preparo. O pão, em contrapartida, tem elevado valor calórico e é contraindicado a portadores de doença celíaca e aos seguidores da dieta sem glúten.
 
Neutra assim, a tapioca aceita qualquer tipo de recheio — ou seja, você pode aproveitar para incluir fibras e proteínas, das quais o alimento é deficiente inventando suas próprias receitas. Mas, para não perder o propósito de ter a farinha como amiga da dieta, não exagere nas calorias: evite azeite, manteiga, leite condensado e carnes gordas. No Nordeste, é comum que a massa seja consumida pura, como um biscoito, sendo molhada no café preto.
 
Ficou curioso? Ensinamos a fazer a massa base e damos algumas sugestões de recheio:
 
Base da tapioca
O caminho mais fácil é comprar a fécula já hidratada (disponível na maioria dos supermercados). Caso ela não venha hidratada, você pode deixá-la umedecer na água ou no suco de fruta. Depois, passe na peneira para separar torrões e guarde bem fechada na geladeira.
 
Para fritar, você não precisa de óleo. É só aquecer a frigideira antiaderente e espalhar duas colheres de sopa bem cheias da fécula, amassando de leve para moldar o disco. Na hora de colocar o recheio, não precisa virar. É só colocar os ingredientes e fechar em formato de meia-lua.
 
Sugestões de recheio

Ricota, tomate e orégano

Uma fatia média de ricota passada no ralo grosso
Cinco tomates-cereja cortados em rodelas
Uma pitada de orégano
 
Banana e mel
Uma banana cortada em rodelas
Duas colheres de sopa de mel

Peito de peru, tomate seco e cream cheese
Uma colher de sopa de cream cheese
Duas fatias de peito de peru cortadas em tiras
Três tomates secos médios cortados em cubos
Duas folhas de alface americana
 
Zero Hora

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