O colesterol é uma gordura importante para o nosso organismo, desempenhando diversas funções, como a estruturação da parede das células, produção de diversos hormônios, fundamental para o metabolismo das vitaminas chamadas lipossolúveis (A, D, E e K) e fabricação da bile, que participa do processo de digestão das gorduras ingeridas
Em excesso, o colesterol está associado com aterosclerose, o acúmulo de placas de gorduras nas artérias ao longo dos anos que impede a passagem do sangue, doenças coronarianas, infarto e acidente vascular cerebral, além da possibilidade de gerar o acúmulo de colesterol em articulações, manchas amareladas ao redor dos olhos, denominado xantelasma, e descoloração branca ao redor da córnea, chamado de arco senil.
O consumo excessivo de gordura saturada está associado ao aumento do colesterol total no organismo, a soma do “colesterol bom” HDL com o “colesterol ruim” LDL, que é encontrado em alimentos de origem animal, como carnes, ovos, vísceras, leite, manteiga e queijos, e em alguns alimentos de origem vegetal como o óleo de palma e a gordura do cacau.
A presença desse tipo de gordura também é bastante concentrada em alimentos ultraprocessados, como biscoitos, salgadinhos, comidas congeladas prontas para consumo, embutidos (como presunto, salsicha, linguiça, mortadela etc), bolos prontos e sorvete. Estes produtos industrializados, além de altas concentrações de gordura saturada, geralmente também apresentam a chamada gordura trans, cujo consumo está fortemente associado ao aumento do colesterol total e do LDL, bem como a redução do HDL, aumentando o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
A Pesquisa Nacional de Saúde, uma parceria do Ministério da Saúde com a Fiocruz e o IBGE, aponta que 57,4 milhões de brasileiros têm pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT), entre elas a hipertensão arterial e a alta taxa de colesterol, que estão associadas a fatores de risco como tabagismo, consumo abusivo de álcool, excesso de peso, níveis elevados de colesterol, baixo consumo de frutas e verduras e sedentarismo.
Na idade adulta é importante fazer o monitoramento regular dos níveis de colesterol no sangue, quanto maior o nível de HDL no sangue, menor o risco de excesso de colesterol e de doenças aterosclerótica.
A obesidade é um dos fatores de risco para o excesso de colesterol sanguíneo, mas pessoas magras também podem ter o colesterol alto. Entretanto, esse é um fator passível de mudança. Uma alimentação equilibrada e saudável, junto à prática da atividade física pode, além de ajudar a controlar o peso, manter o colesterol dentro dos níveis recomendados.
Controlando o colesterol com a alimentação: alimentos como os óleos vegetais (óleo de soja e azeite de oliva), peixes, nozes e castanhas apresentam grande quantidade de gordura insaturada, que, quando consumidos com moderação, podem contribuir para a redução do colesterol total e do LDL e aumento do HDL.
Combinações de alimentos de origem vegetal
– Vários tipos de grãos, raízes, tubérculos, farinhas, legumes, verduras, frutas e castanhas – com a complementação de pequenas quantidades de alimentos de origem animal, óleos e gorduras, constituem base excelente para uma alimentação nutricionalmente balanceada, saborosa e culturalmente apropriada.
O impacto do consumo de gorduras e colesterol sobre a qualidade nutricional da alimentação - e consequentemente sobre a saúde - dependerá da quantidade consumida, bem como a quantidade utilizada nas preparações.
Uma dieta variada, com consumo moderado de alimentos de origem animal - dando-se preferência a carnes de corte magro e carne de aves sem pele -, baseada predominantemente de alimentos de origem vegetal e com utilização moderada de óleos e gorduras no preparo das refeições propicia um consumo de gorduras e colesterol adequado.
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