Em 2013, a economista Sâmia Lacerda engravidou pela primeira vez. Assim que descobriu a gravidez, ela já teve certeza que deixaria o bebê chegar ao mundo de forma natural
"Quando eu engravidei do meu primeiro filho em 2013, eu já tinha isso na cabeça. Parto normal ou parto natural. Eu não tive dúvidas, quando a bolsa rompeu e as contrações começaram a apertar eu fui para a casa de parto, fui muito bem recebida. Foi uma experiência incrível, tanto que assim que eu terminei de parir eu adorei parir, quero parir outro, tanto que não demorou um ano e cinco meses que eu tive meu segundo filho. Essa experiência que no caso eu tive pela segunda vez, eu acho que é isso. É questão do respeito. Tanto do corpo da mulher e do bebê, quanto das práticas médicas mesmo, entende. As mulheres sabem parir e os bebês sabem nascer. Abri mão do plano duas vezes para parir pelo SUS e não me arrependo. Acho que vale a pena experimentar isso."
De acordo com o Ministério da Saúde, a decisão da Sâmia não poderia ter sido melhor. Afinal, o parto natural oferece a mulher a oportunidade de ter uma recuperação rápida, livre de infecções, hemorragias, além de aumentar o vínculo entre a mãe e o bebê. Para a coordenadora de Saúde da Mulher, do Ministério da Saúde, Esther Vilela, o melhor parto é aquele com o menor número de intervenções.
"Todo parto normal deveria ser o mais natural possível. Sem intervenções, sem medicamentos. São feitos alguns procedimentos que tornam o parto mais sofrido, mais doloroso. Mas o parto não precisa ser assim. Por isso, nós falamos do parto natural. O parto natural é o parto que respeita o corpo da mulher com acolhimento, com privacidade, com respeito às mulheres, tornando o momento do parto significativo para as mulheres, reduzindo essas intervenções desnecessárias."
A coordenadora de Saúde da Mulher, Esther Vilela, lembra ainda que o Ministério da Saúde incentiva a redução das cesarianas desnecessárias no Brasil.
"A Organização Mundial da Saúde diz que somente 15% das mulheres é que precisariam de cesariana, ou seja, de 100 mulheres, só 15 vão precisar de cesariana. A mulher deve sempre encarar que ela tem competência para o parto normal. Então, o Ministério da Saúde está induzindo a todas as maternidades, as equipes e os profissionais a adotarem as boas práticas
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