Pesquisadores de Leeds, na Inglaterra, alertaram na última terça-feira (03/03) para a possibilidade de médicos subestimarem os riscos a que estão expostos seus pacientes com o uso prolongado do paracetamol, o mais popular entre os analgésicos.
Doentes crônicos que recorrem ao medicamento, geralmente pessoas que costumam usá-lo diariamente e em grande quantidade por vários anos, tendem a aumentar o risco de morrer ou então desenvolver problemas renais, intestinais e cardíacos, afirmaram os estudiosos.
O Instituto de Medicina analisou dados a partir de oito estudos já publicados sobre o uso frequente de paracetamol. Os dados disponíveis referem-se apenas a pessoas que tiveram o medicamento receitado por um médico e não incluíram quem compra na farmácia por conta própria.
"Mesmo o risco sendo baixo na maior parte das vezes, os médicos deveriam ser cautelosos ao receitar a droga", alertaram os pesquisadores. "Nós acreditamos que o risco real da prescrição do paracetamol seja maior do que percebido atualmente pela comunidade clínica. Justifica-se uma revisão sistêmica da eficácia e da tolerância em condições individuais", concluíram.
Eles explicaram que a análise não foi conclusiva a respeito da questão se morte prematura e problemas de saúde seriam causados por uma doença subjacente mais do que pelo paracetamol.
G1 / Guia da Pharmacia
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