Com a Rede Cegonha o Ministério da Saúde reforça as ações de atenção às mulheres no planejamento reprodutivo, na confirmação da gravidez, no pré-natal, no parto e 28 dias após o parto (puerpério)
As consultas de pré-natal, na Atenção Básica, devem ser em quantidade e qualidade com a garantia de atenção humanizada, exames laboratoriais e de ultrassom, além de testes rápidos para diagnóstico de algumas doenças. A puérpera Nayara Alves, que teve sua filha, Isabelle, no último dia 15 de fevereiro, no Distrito Federal, fala sobre as informações recebidas durantes dos atendimentos de pré-natal. “Na primeira vez me passaram uma bateria de exames e as vacinas que eu precisava tomar. Sempre antes das consultas com o médico, a gente tinha umas palestras com as enfermeiras que explicavam os procedimentos, trabalho de parto, amamentação e cuidados com o bebê. Eles sempre perguntavam se tínhamos dúvidas, explicavam sempre tudo e era tranquilo”, conta.
Para favorecer a construção de uma relação de confiança e compromisso das usuárias com as equipes e os serviços, contribuindo para a promoção da cultura de solidariedade e para a legitimação do sistema público de saúde, a Política Nacional de Humanização toma o acolhimento como postura prática nas ações de atenção e gestão das unidades de atendimento. No contexto da Rede Cegonha, ao permitir que a gestante expresse suas preocupações e suas angústias, o profissional de saúde garante a recepção da usuária com escuta qualificada, que favorece o vínculo e a avaliação de vulnerabilidades de acordo com o seu contexto social, com articulação com outros serviços de saúde para a continuidade da assistência.
A engenheira agrônoma Lia Padilha, de 30 anos, está com 27 semanas de gravidez, realiza o acompanhamento em uma unidade de saúde do Lago Norte, no Distrito Federal, e conta sobre o atendimento recebido durante as consultas. “Eu achei bem que legal que a doutora faz atendimento humanizado. Mesmo que a demanda do posto de saúde seja grande e tenha aquela celeridade, foi muito bacana quando eu apresentei meu interesse em fazer o parto humanizado na casa de parto de São Sebastião, ela foi favorável e acrescentou que com gravidez de baixo risco e cumprindo todos os critérios da casa de parto. O que pra mim foi uma surpresa, porque eu imaginava que vários médicos se opõem e já colocam uma série de empecilhos e ela não, ela se mostrou bem aberta”, ressalta.
Entre as ações da Rede Cegonha também está a implantação de Centros de Parto Normal (CPN), onde a mulher é acompanhada por uma enfermeira obstetra ou obstetriz, num ambiente preparado para que possa exercer as suas escolhas, como se movimentar livremente e ter acesso a métodos não farmacológicos de alívio da dor. Outro objetivo do CPN é reduzir cada vez mais a taxa de mortalidade materna e neonatal e as ocorrências de cesarianas desnecessárias na rede pública de saúde. Os Centros de Parto Normal funcionam em conjunto com as maternidades para humanizar o parto, oferecendo às gestantes um ambiente mais adequado, privativo e um atendimento centrado na mulher e na família.
A Rede Cegonha prevê, ainda, visitas domiciliares às gestantes e puérperas, principalmente no último mês de gestação e na primeira semana após o parto, com o objetivo de monitorar a mulher e a criança, orientar cuidados adequados, identificar possíveis fatores de risco e realizar os encaminhamentos necessários.
Fonte: Ana Beatriz Magalhães / Blog da Saúde
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