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segunda-feira, 9 de março de 2015

ONU diz que 5,5 bilhões de pessoas carecem de analgésicos para dores intensas

Esse número significa que “três quartos do mundo têm pouco ou nenhum acesso a tratamentos paliativos da dor” para doenças graves, terminais ou crônicas, denunciou a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife) em seu relatório de 2014, divulgado na última terça-feira terça-feira em Viena
 
A ONU alertou nesta terça-feira (3) que cerca de 5,5 bilhões de pessoas têm pouco ou nenhum acesso a analgésicos opioides, usados para atenuar a intensidade das dores de doenças como o câncer, como morfina e codeína.
 
Esse número significa que “três quartos do mundo têm pouco ou nenhum acesso a tratamentos paliativos da dor” para doenças graves, terminais ou crônicas, denunciou a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife) em seu relatório de 2014, divulgado nesta terça-feira em Viena.
Como contraste, 92% da morfina é consumida por 17% da população do planeta e se concentra nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa Ocidental e na Austrália.
 
A Jife é o órgão da ONU encarregado de velar pelo cumprimento dos tratados internacionais sobre drogas, que não só proíbem certos narcóticos, mas também pretendem garantir o acesso para fins médicos a substâncias sob controle, como a morfina.
 
O uso reduzido desses analgésicos para o tratamento da dor em muitos países se deve a um acúmulo de fatores, segundo os especialistas da Jife. Entre esses fatores estão a regulamentação inadequada, pouca capacitação dos profissionais de saúde, preconceitos culturais, fatores econômicos e a falta de acesso a esses remédios.
 
Sobre a situação das drogas no mundo, a Jife pede para que os países lutem contra os “aspectos socioeconômicos” que estimulam o consumo e o tráfico de drogas. Entre esses aspectos estão a pobreza, a desigualdade econômica, a exclusão social, a falta de perspectivas de emprego e a exposição à violência, entre outros fatores.
 
Quanto aos aspectos regionais, a oferta de cocaína continua a diminuir na América do Sul, em linha com a tendência à queda da superfície cultivada de folha de coca. No entanto, há diferenças por países, já que o cultivo diminuiu no Peru e na Bolívia em 2013.
 
Não houve mudanças na Colômbia. O país fechou 2013 com uma estimativa de 48 mil hectares de coca cultivados, a mesma quantidade que em 2012, mas muito longe dos 140 mil hectares semeados contabilizados em 2001.
 
O Peru tem atualmente a maior extensão de folha de coca, com 49,8 mil hectares cultivados, frente aos 60,4 mil de 2012. A Bolívia, com 23 mil hectares, reduziu em 2.300 o número do ano anterior.
 
A Junta afirma que a cocaína é a droga mais consumida pelos que recebem tratamento de reabilitação na América do Sul e considera “preocupante” o uso de diversas variedades de cocaína fumada, como o crack.
 
O relatório lembra que a América Central não continua apenas sendo a principal rota de passagem da cocaína rumo aos EUA, o que gera violência e corrupção pelo caminho. A região observa um aumento da produção e do consumo de substâncias proibidas.
 
Os altos lucros resultados do tráfico de cocaína provocam uma feroz concorrência entre quadrilhas e provocou o aumento da violência na região.
 
“As zonas mais preocupantes em relação à violência são no litoral de Honduras, em ambos os lados da fronteira entre Guatemala e Honduras, e na Guatemala, ao longo das fronteiras com Belize e México”, detalha a Junta.
 
Em geral, na América do Norte (México, Estados Unidos e Canadá) as apreensões de cocaína caíram 44% entre 2007 e 2012, até chegar a 109 toneladas.
 
Apesar da diminuição do consumo de drogas registrada nos últimos anos, a América do Norte tem a maior taxa de mortalidade do mundo por esse motivo, situada em 142,1 mortos por milhão de pessoas com idades entre 15 e os 64 anos.
 
Outra tendência preocupante é o crescimento do consumo de heroína nos EUA, que fica mais fácil de ser obtida e é mais barata que os opioides com receita médica, assinala o relatório.
 
A Jife ressaltou também sua “preocupação” com a legalização da maconha em vários estados dos EUA e no Uruguai, um passo que, segundo a entidade, vai contra os tratados internacionais, que não contemplam o uso recreativos da substância.
 
Na Europa, a Junta enfatiza como um perigo para a saúde pública a proliferação das “novas substâncias psicoativas”, algumas vendidas inclusive de forma legal porque seus componentes químicos não estão proibidos.
 
EFE Saúde

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