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sábado, 13 de junho de 2015

AVC rouba ao menos 8 anos da função do cérebro, diz novo estudo

Efeitos foram medidos por testes de memória e raciocínio; prevenir o AVC por meio de hábitos de vida saudáveis é a melhor solução
 
Sofrer um AVC faz com que o cérebro da pessoa perca cerca de oito anos de suas funções, diz um novo estudo. Os efeitos aparecem na memória e na rapidez de raciocínio, que foram medidas com testes cognitivos.
 
Pacientes negros e brancos que tiveram um AVC apresentaram uma queda na pontuação de um teste de memória e velocidade de raciocínio como se tivessem envelhecido 7,9 anos em apenas uma noite.
 
Para o estudo, dados de mais de 4.900 idosos brancos e negros acima de 65 anos foram analisados por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Os resultados da pesquisa foram publicados na edição de julho do periódico Stroke.
 
Diferenças raciais
Os pesquisadores uniram duas fontes de informações para a análise: levantamentos detalhados e testes de raciocínio ao longo de vários anos. Medindo as mudanças dos participantes nos testes cognitivos de 1998 a 2012, puderam ver que ambos negros e brancos tiveram um desempenho significantemente pior depois do AVC do que antes do evento vascular.
 
Embora o tamanho dos efeitos seja o mesmo entre negros e brancos, pesquisas anteriores mostraram que as taxas de problemas cognitivos em negros idosos são, geralmente, duas vezes maiores do que em brancos não hispânicos. Os novos resultados, então, mostram que o AVC não leva em conta as diferenças em memórias e cognição que crescem ao longo das duas linhas raciais com o envelhecimento.
 
Os pesquisadores disseram que os resultados ressaltam a importância da prevenção do AVC.
 
“Embora nós tenhamos descoberto que o AVC não explica essa diferença, os resultados mostram o envelhecimento cognitivo causado por ele e, portanto, a importância de prevenir o evento para reduzir o risco de declínio cognitivo”, diz, em nota, a condutora do estudo, Deborah Levine.
 
Outras pesquisas sobre diferenças de declínio cognitivo focaram em diferenças raciais com base em um perfil socioeconômico, educação e riscos vasculares como diabetes, pressão alta e tabagismo que podem contribuir para aumentar o risco de AVC. Esses fatores podem explicar algumas – mas não todas – as diferenças raciais quando se fala em declínio cognitivo.
 
Deborah e seus colegas pesquisadores notaram que certos fatores – como a quantidade de anos que a pessoa já tem fatores de risco vascular e a qualidade da sua educação, bem como genética e fatores biológicos – podem desempenhar um papel nas diferenças raciais que explicariam a performance cognitiva a longo prazo.
 
Uma coisa é clara, no entanto: um AVC tem sérias consequências para a função cerebral. Em média, ele “rouba” oito anos de saúde cognitiva. Portanto, pessoas de todas as raças e etnias podem se beneficiar reduzindo os riscos de ter um AVC. Isso inclui controlar a pressão arterial e colesterol, parar ou evitar fumar, controlar a glicose, como no diabetes, e ser ativo, mesmo em idade avançada.
 
iG

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