Na cadeia de atendimento da saúde, as OPMEs (Órteses, Próteses e Materiais Especiais) são negociadas à parte dos materiais hospitalares comuns
Seus custos, na maioria das vezes, são considerados administrativos, já que se faz necessário o trâmite dos registros documentais para garantir a cobrança e o pagamento.
Por conta dessa gestão, ainda não padronizada, as OPMEs têm cada vez mais comprometido os custos da assistência à saúde. Isso acontece porque, em uma tentativa de aumentar o controle de uso das OPME foi construída nos anos 90, uma estrutura burocrática que – entre outros objetivos – serviria também para conter os gastos com os produtos.
Com mais regras e obstáculos, o caminho entre a prescrição médica e a realização dos procedimentos gradativamente se tornou mais sinuoso e árduo. Esse rigor acabou por aumentar o volume de glosas na mesma proporção que afetou os seus fluxos cirúrgicos, principal fonte de receita destas instituições de saúde.
Levando em conta que as OPMEs correspondem a aproximadamente 10% do sinistro total das operadoras e em torno de 20% do custo das internações, é de vital importância que o gestor se atente a esse custo.
Padronizar e gerenciar o processo de autorizações de OPMEs é o primeiro passo. Para que haja uma gestão sustentável de OPMEs, especialistas defendem o uso de soluções compartilhadas que garantam não só a ampliação dos negócios de hospitais, operadoras, médicos e fornecedores, mas a sobrevivência de toda a cadeia de atendimento. A tecnologia é grande aliada e pode assegurar a complexa operação de unificar interesses assistenciais com um controle de custos que garanta a sustentabilidade do sistema.
Um sistema de informações adequado e de confiança permite o monitoramento e a integração de todo o fluxo com relatórios gerenciais, essenciais para a tomada de decisão dos gestores. Além da eficiência no gerenciamento de todos os materiais, a tecnologia ajuda a manter o estoque das OPMEs em níveis adequados, bem como auxilia a melhora do planejamento de compras e solicitações de consignação.
Por fim, uma equipe especializada, multidisciplinar, com conhecimento administrativo e técnico sobre os produtos a serem utilizados é primordial. É importante nesse processo capacitar profissionais da saúde nas rotinas administrativas e comerciais relacionadas ao uso de OPMEs. Produtos de qualidade compatíveis aos procedimentos e maior otimização do processo oferecem sobretudo transparência e sustentabilidade na gestão de OPMEs.
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