A Pesquisa Nacional da Saúde (PNS) divulgada esta semana revelou a satisfação da população atendida pela rede pública de saúde na área de internação
Entre os pontos apresentados, 82,6% das pessoas que se internaram nos 12 meses anteriores ao levantamento consideraram o atendimento recebido nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) como bom ou muito bom. Da mesma forma, para 80,4% dos que tiveram atendimento de urgência no domicílio, a avaliação foi boa ou muito boa.
O levantamento foi feito pelo Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O perfil de internação compõe-se majoritariamente por jovens de 0 a 17 anos de idade (75,2%) e pessoas de baixa escolaridade – 80,6% sem instrução ou com fundamental incompleto.
Tratamento clínico e cirurgia foram os dois tipos de atendimento mais frequentes nos casos de internação. Em estabelecimentos de saúde públicos, as proporções foram de 42,4% e 24,2%, respectivamente. Em estabelecimentos de saúde privados, os percentuais foram inversos – 29,8% e 41,7%, respectivamente.
Das pessoas que ficaram internadas em hospitais por 24 horas ou mais, 65,7% (8 milhões) tiveram esse atendimento por meio do SUS. As maiores proporções foram registrados nas regiões Nordeste e Norte: 76,5% e 73,9%, respectivamente.
Foi constatado também que a grande maioria dos brasileiros usa o SUS. 71,1% dos entrevistados disseram que procuraram um estabelecimento da rede para ser atendidos. Quase a metade, 47,9%, apontou as Unidades Básicas de Saúde como sua principal porta de entrada aos serviços.
Depois das Unidades Básicas de Saúde, os serviços públicos mais procurados pela população são os de emergências, como as Unidades de Pronto Atendimento Público ou Emergência de Hospital Público (11,3%), seguidos pelos hospitais e serviços especializados: do total, 10,1% da população vão até um Hospital Público ou Ambulatório quando tem um problema de saúde e 1,8% vai aos Centros de Especialidades e Policlínicas Públicas. Os consultórios e clínicas particulares atraem 20,6% dos brasileiros e 4,9% buscam emergências privadas.
Pesquisa completa
Os dados integram o segundo volume da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) feita em 64 mil domicílios em 1.600 municípios de todo o País entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014. O estudo é considerado o mais completo inquérito de saúde do Brasil e traz dados inéditos sobre vários aspectos, entre eles, acidente no trânsito, acesso aos serviços de saúde (atendimento e medicamentos) e violência. A pesquisa serve de base para que o Ministério da Saúde possa traçar suas políticas públicas para os próximos anos.
Durante o levantamento, foram coletadas informações sobre toda a família a partir de entrevistas com cerca de 205 mil indivíduos em domicílio, escolhidos por meio de sorteio entre os moradores da residência para responder ao questionário. Uma terceira fase da pesquisa trará informações resultadas dos exames de sangue, urina e aferição da pressão arterial dos brasileiros.
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