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quinta-feira, 16 de julho de 2015

Hospital de Niterói é pioneiro em implantar prótese mitral percutânea em uma válvula nativa

Foto Reprodução
A unidade é a primeira da América Latina e a terceira do mundo a realizar tal procedimento
 
A equipe de cardiologia do CHN (Complexo Hospitalar de Niterói), no Rio de Janeiro, realizou, no último dia 28, um procedimento cardíaco inédito na região: o implante de válvula mitral percutânea por via transapical em uma válvula nativa, ou seja, do próprio paciente. Essa alternativa terapêutica é menos invasiva e reduz os riscos cirúrgicos nos pacientes graves, portadores de estenose mitral – doença cardiovascular, em que a válvula não se abre completamente, reduzindo a passagem do sangue através do coração. A importância dessa técnica está na gravidade do quadro clínico do paciente que foi submetido a esse procedimento. Com 62 anos, portador de insuficiência renal crônica e em programa de hemodiálise permanente, ele estava internado desde fevereiro, sem condições de alta hospitalar. Nesse contexto, o CHN é o primeiro hospital da América Latina e o terceiro do mundo a realizar essa técnica.
 
“Já fizemos, com igual sucesso, procedimento semelhante, porém, mais frequente, que é a instalação de prótese percutânea nova sobre uma prótese antiga disfuncional. A novidade nesse caso foi a implantação em uma válvula do próprio paciente. Mais uma iniciativa que o CHN buscou para estar em sintonia com o avanço mundial. E partir de um hospital acreditado, que busca continuamente a qualidade e a inovação de seus serviços, faz com que a cidade de Niterói e adjacências tenham um atendimento diferenciado e de destaque”, ressaltou Valdênia de Souza, coordenadora do CHN Cardiovascular.
 
De acordo com José Jazbik, cirurgião cardíaco do CHN responsável pelo procedimento, a prótese mitral foi implantada dentro da própria válvula do paciente, permitindo maior passagem de sangue até a artéria aorta, cuja função é distribuir o fluxo para todo o corpo.
 
“Nesse paciente, o orifício da válvula mitral era de 0,5cm de diâmetro, enquanto o normal é de 2,5cm, ou seja, o espaço para a passagem do sangue era mínimo. Além disso, seu sistema venoso periférico era todo obstruído, o que impedia o acesso para o coração. O paciente também é portador de insuficiência renal crônica e está em programa de hemodiálise permanente. Por causa do elevado risco cirúrgico, optamos por acessar o coração por via transapical. Para tanto, foi realizada uma pequena incisão no lado esquerdo do peito, por meio da qual fizemos uma punção no coração e, com a ajuda de cateteres específicos, foi introduzida a prótese mitral, que, aberta sobre a válvula estenosada, restabeleceu o fluxo sanguíneo normal, sem a necessidade de parar o coração e usar a circulação extracorpórea”, complementou o médico.
 
Além de segura, essa técnica beneficia o paciente, por necessitar de menor tempo de internação, apresentar recuperação mais rápida e menor taxa de complicações. “Para esses pacientes, com condição de saúde delicada, o método convencional de implante valvar representa um risco muito elevado. Logo, o implante percutâneo transapical torna-se uma alternativa viável e segura para melhorar a qualidade e aumentar a expectativa de vida deles”, afirmou Jazbik.
 
Saiba mais sobre o CHN Cardiovascular
O serviço inicia na Emergência e conta com cinco leitos exclusivos, localizados estrategicamente próximo ao centro de suporte diagnóstico por imagem, onde podem receber atendimento ágil e integrado à infraestrutura hospitalar. A unidade tem ainda o suporte do Setor de Hemodinâmica, para a realização dos procedimentos; médicos radiologistas de plantão 24 horas; equipamentos de última geração e 25 leitos de unidade de terapia intensiva destinados aos casos complexos cardiocerebrovasculares, entre cardiológicos e neurológicos.
 
Para a médica Valdênia de Souza, coordenadora do CHN Cardiovascular, o serviço está inserido num conceito em que o paciente não é “fragmentado” em apenas coração ou cérebro. Nele, o paciente é visto como um todo, dentro de uma estrutura de um hospital geral, onde a acessibilidade ao tratamento integralizado é factível.

Priscila Pais
Assessoria de Imprensa
ppais@saudeempauta.com.br

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