A ida ao posto de saúde também será a oportunidade para colocar a vacinação das crianças em dia
A atleta Josilene Alves, 46 anos, foi infectada pela poliomielite aos 8 meses de idade. “Eu tive sequelas nos membros inferiores. Mas, mesmo com a doença, tive uma vida que pode ser considerada normal. Hoje, estudo direito, tive dois filhos e sou atleta paraolímpica de levantamento de peso”, conta. Josilene deixa um recado para quem tem filhos na idade da vacinação. “O cuidado nunca é demais. As pessoas não podem se apoiar na ideia que a doença foi erradicada no Brasil. Vai que aparece um caso? É muito melhor prevenir do que remediar”, disse a atleta.
A atleta Josilene Alves, 46 anos, foi infectada pela poliomielite aos 8 meses de idade. “Eu tive sequelas nos membros inferiores. Mas, mesmo com a doença, tive uma vida que pode ser considerada normal. Hoje, estudo direito, tive dois filhos e sou atleta paraolímpica de levantamento de peso”, conta. Josilene deixa um recado para quem tem filhos na idade da vacinação. “O cuidado nunca é demais. As pessoas não podem se apoiar na ideia que a doença foi erradicada no Brasil. Vai que aparece um caso? É muito melhor prevenir do que remediar”, disse a atleta.
Para combater a doença, o Ministério da Saúde convoca mais uma vez as crianças para a vacinação contra a póliomielite. A partir do próximo sábado (15), o dia D de mobilização, até 31 de agosto, o Ministério da Saúde pretende imunizar 12 milhões de crianças entre seis meses e cinco anos incompletos. Isso representa 95% do público-alvo, formado por 12,7 milhões de crianças.
A ida ao posto de saúde também será a oportunidade para colocar a vacinação das crianças em dia. Por isso, paralelamente à campanha, as salas de vacinação promoverão uma mobilização para atualizar o esquema vacinal dos menores de cinco anos. Os profissionais de saúde vão avaliar a caderneta infantil, alertando aos pais sobre as vacinas que estão vencendo ou em atraso.As doses atrasadas serão aplicadas e agendadasde acordo com a situação de cada criança. Para isso, pais ou responsáveis devem levar o cartão de vacinação aos postos de saúde.
A vacina é extremamente segura e protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%. Não existe tratamento para a poliomielite e a única forma de prevenção é a vacina. Ela é recomendada, até mesmo, para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. Já para crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina, o Ministério da Saúde recomenda aos pais que consultem um médico para avaliar se a imunização é indicada.
Poliomielite
O Brasil está livre da poliomielite desde 1990 e, em 1994, o país recebeu, da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território. Entretanto, nove países registraram casos em 2014 e 2015. Em três países - Nigéria, Paquistão e Afeganistão - a poliomielite é endêmica. Nos outros seis (Somália, Guiné Equatorial, Iraque, Camarões, Síria e Etiópia) os casos registrados da doença foram decorrentes de importação do poliovírus selvagem. Por isso, a vacinação é fundamental para que casos de paralisia infantil não voltem a ser registrados no Brasil.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário