Um novo estudo mostrou que o uso frequente desses medicamentos na infância contribui para o ganho de peso e o efeito permanece na fase adulta
Crianças que usam antibióticos de forma regular ganham peso mais rapidamente do que aquelas que nunca tomaram o medicamento. Além disso, estes efeitos podem permanecer até a idade adulta. É o que diz um grande estudo publicado no periódico científico International Journal of Obesity.
Os pesquisadores, liderados por Brian Schwartz, da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos, analisaram registros de saúde de 163.820 crianças, com idade entre 3 e 18 anos, que continham informações sobre o uso de antibióticos, altura e peso.
Os resultados mostraram as crianças que haviam ingerido uma quantidade sete vezes maior na infância chegavam aos 15 anos pesando 1,5 quilo a mais do que aquelas que não tomaram antibióticos.
Além disso, os estudiosos descobriram que cada vez que as crianças tomavam estes medicamentos, elas ganhavam um pouco de peso, os quais eram perdidos logo após a interrupção da medicação.
Os autores acreditam que esse efeito dos antibióticos no ganho de peso aconteça porque os medicamentos afetam os microbiomas (populações de bactérias) intestinal. Estudos mostram que as bactérias "do bem", além de ajudar a digerir os alimentos, contribuem para a manutenção da saúde do sistema imunológico e do trato intestinal -- e podem afetar o peso corporal. Os antibióticos destroem algumas bactérias.
"Um único antibiótico pode acabar com todo um microbioma intestinal. Se o uso destes medicamentos não é frequente, o microbioma pode se recuperar. Mas se é excessivo, os impactos sobre o microbioma serão duradouros e as bactérias do trato intestinal não voltarão ao normal", afirmou o pesquisador Schwartz, à Time.
De acordo com autor, os resultados ressaltam a necessidade de prescrever e usar antibióticos somente quando absolutamente necessário. O excesso desses medicamentos, além de levar à criação de bactérias resistentes, pode aumentar o risco de desenvolvimento de obesidade, mesmo em crianças que se alimentam e exercitam de forma
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