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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Após 30 anos de suspeitas, pesquisadores confirmam novo tipo de doença cardíaca

Há mais de 30 anos que especialistas suspeitam da existência de uma nova doença cardíaca: uma alteração quase imperceptível na atividade elétrica do coração capaz de levar à morte
 
Agora, uma equipe da Sociedade Espanhola de Cardiologia (SEC) concluiu que, na verdade, trata-se de um transtorno que afeta pessoas mais velhas, a síndrome de Bayés, que pode ser detectada por um simples cardiograma.
 
O médico Manuel Martínez-Selléz, da SEC, via com preocupação como pessoas portadoras dessa síndrome sofriam derrames cerebrais com mais frequência e tinham riscos maiores de demência e morte.
 
Martínez-Selléz fez um estudo com 80 centenários e 269 septuagenários e demonstrou que trata-se de uma situação de pré-arritmia.

"Agora sabemos que as pessoas que sofrem este bloqueio interauricular têm um batimento adiantado das aurículas. E sabemos que pode levar à arritmia", disse Martínez-Selléz à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
 
O bloqueio interauricular é um transtorno entre as aurículas do coração, duas cavidades na parte superior do órgão.
 
"Trata-se de uma doença porque é uma alteração do circuito elétrico do coração, neste caso, do circuito elétrico das aurículas, que se associa a um risco demonstrado tanto de acidente cerebrovascular como de demência".
 
As pessoas com esta alteração têm facilidade para formar um coágulo na aurícula esquerda do coração.
 
Diagnóstico melhor
O fato de ser uma doença abre as portas para melhorar o diagnóstico de doenças cardíacas que surgem com a idade. A síndrome leva o nome do cardiologista Antonio Bayés de Luna.
 
A Organização das Nações Unidas estima que haverá cerca de 400 milhões de pessoas acima de 80 anos no ano de 2050, o que será um desafio para a área da saúde.
 
Para a equipe de pesquisadores, o principal aspecto positivo do estudo é melhorar o diagnóstico de idosos com este sintoma.
 
"Estamos convencidos que os portadores desta alteração se beneficiarão de um tratamento antiarrítmico e anticoagulante que ajudará a prevenir o infarto cerebral e a demência", disse Martínez-Selléz.

UOL

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