Setor teme que sejam necessários abatimentos nos descontosApesar dos medicamentos no Brasil terem uma das mais altas cargas tributárias do mundo, 12 estados decidiram aumentar ainda mais o percentual de um dos principais impostos do setor, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), alegando problema de arrecadação por conta da crise econômica. O ICMS incide sobre todos os medicamentos comercializados no Brasil.
A maioria dos reajustes é de 1,2%, sendo que no Rio de Janeiro o imposto passou de 19% para 20%. Com isso, o setor teme que sejam necessários abatimentos nos descontos.
Veja os estados e o reajuste de ICMS previsto para 2016:
ESTADO ALÍQUOTA 2015 ALÍQUOTA 2016 Início da Vigência
Medicamentos Medicamentos Veja os estados e o reajuste de ICMS previsto para 2016:
ESTADO ALÍQUOTA 2015 ALÍQUOTA 2016 Início da Vigência
Amapá 17% 18% 01/02/2016
Amazonas 17% 18% 06/01/2016
Bahia 17% 18% 10/03/2016
Maranhão 17% 18% 01/01/2016
Paraíba 17% 18% 30/12/2015
Pernambuco 17% 18% 01/01/2016
Rio de Janeiro 19% 20% 28/03/2016
Rio Grande do Norte 17% 18% 28/01/2016
Rio Grande do Sul 17% 18% 01/01/2016
Rondônia 17% 17,5% 21/03/2016
Sergipe 17% 18% 01/01/2016
Tocantins 17% 18% 01/01/2016
Hoje, os medicamentos no Brasil têm 34% do preço composto por tributos. O aumento da carga tributária pode forçar uma redução dos descontos oferecidos no varejo, especialmente porque a indústria farmacêutica também está sendo impactada por outros custos, como a desvalorização do Real e o preço da energia. “Se os descontos forem reduzidos e, por consequência, o preço do medicamento subir, há o risco de perder mercado. Por outro lado, o custo da indústria também está aumentando”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Antônio Britto.
Guia da Farmácia
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