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quinta-feira, 31 de março de 2011

Avanço contra a aids é insuficiente, diz ONU

Nações Unidas defendem que estratégia de combate à doença deve ser mais eficiente; entre as metas está a redução da transmissão via sexo à metade

Lígia Formenti / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Relatório da Organização das Nações Unidas divulgado hoje alerta que os avanços no combate à epidemia de aids, além de insuficientes, são frágeis. Para garantir que resultados obtidos até agora nessa área se ampliem e se consolidem, defende o documento, é preciso um esforço mundial e uma mudança na estratégia.

Embora o número de pacientes em tratamento tenha aumentado de forma significativa e o registro de mortes e de novas infecções tenha caído, o documento mostra que há muito por fazer. Em 2010, 6 milhões de pessoas recebiam remédios para controlar a doença - número bem acima dos 5,2 milhões registrados em 2009, mas longe do necessário. Para cada paciente que inicia terapia com drogas antiaids, outros dois são infectados pelo HIV.

O documento, preparatório para uma discussão sobre aids marcada para junho na ONU, em Nova York, mostra que, passados 30 anos do início da epidemia, estratégias precisam ser mais ousadas para atingir uma meta pretensiosa: zero de novas infecções, zero mortes provocadas pela doença, zero discriminação. O secretário-geral Ban Ki-moon, em comunicado, defende a adoção de uma política mais centrada, eficiente e sustentável.

Entre as metas traçadas estão a redução de 50% na transmissão sexual do HIV, redução de 50% das mortes por tuberculose entre pessoas que vivem com aids e assegurar tratamento para 13 milhões de pessoas.

Para que esses objetivos sejam alcançados, o secretário defende uma mobilização de impacto, formada por cinco diretrizes: uma revolução na prevenção, baseada principalmente nos jovens, a revitalização da campanha de acesso universal ao tratamento e prevenção até 2015, a promoção da saúde e dos direitos humanos de mulheres e meninas e a garantia de que países se comprometam para cumprir estratégias e ações no campo da aids.

"Novos investimentos são imprescindíveis. Mas o importante é que eles sejam aplicados de forma eficiente", afirmou o representante do Programa das Nações Unidas para Aids (Unaids) no Brasil, Pedro Chequer. A ONU reconhece que o aumento dos recursos não será fácil. "Nossos argumentos também são econômicos. O investimento no combate à aids poupa gastos significativos. A experiência no Brasil é um exemplo", observa Chequer.

O trabalho mostra que, embora certos grupos tenham risco maior de se contaminar, como trabalhadoras do sexo, homens que fazem sexo com homens e usuários de drogas, os recursos investidos em prevenção para tais populações é menor que o destinado à população em geral.

Deficiências

26%
das grávidas em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento fizeram teste para HIV em 2009

34%
dos jovens demonstraram conhecimento sobre o HIV em 2009

26%
dos países com programa de prevenção desenvolvem estratégias para profissionais do sexo

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