Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sexta-feira, 8 de abril de 2011

Tratamento simples reduz 45% dos partos prematuros Simple treatment reduces 45% of premature births

Gel de progesterona administrado durante a gravidez ajuda a prolongar a gestação
Progesterone gel administered during pregnancy helps to prolong pregnancy

Tratamento de gravidez de alto risco com progesterona reduz 45% dos partos prematuros e ajuda e diminuir os riscos de complicações respiratórias nos recém-nascidos, anunciaram nesta semana pesquisadores americanos.

O estudo sobre o gel vaginal fabricado pelas indústrias farmacêuticas Columbia Laboratories e Watson Pharmaceuticals aumenta a esperança de descoberta de uma forma simples de evitar partos prematuros em mulheres com encurtamento do canal cervical.


“O estudo que acaba de ser publicado oferece esperança às mulheres, famílias e crianças”, disse Roberto Romero, chefe do departamento de pesquisas de perinatologia do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.

“Mais de 12 milhões de bebês em todo o mundo – 500.000 somente nos Estados Unidos – nascem prematuramente a cada ano, frequentemente acarretando resultados trágicos. Nosso estudo clínico mostra claramente que é possível identificar mulheres em risco e reduzir os casos de parto prematuro quase que pela metade, simplesmente tratando o problema de encurtamento do canal cervical com um hormônio natural – a progesterona”, disse Romero.

Bebês nascidos antes da trigésima terceira semana de gestação apresentam maiores riscos de morte e problemas de desenvolvimento e de saúde ao longo da vida. Nos Estados Unidos, um total de 12,8% dos partos ocorridos em 2008 foi prematuro, aumentando o risco de morte no primeiro ano de vida do bebê, que também pode apresentar dificuldades respiratórias, paralisia cerebral, deficiência de aprendizado, cegueira e surdez.

Gel hormonal

As descobertas, publicadas no periódico Ultrasound in Obstetrics and Gynecology, serão usadas para servir de apoio no pedido de aprovação nos Estados Unidos do gel hormonal Prochieve, fabricado pelas duas empresas, que deve ocorrer no segundo trimestre deste ano.

No estudo, pesquisadores da instituição de saúde americana e de 44 centros médicos em todo o mundo analisaram os efeitos do tratamento à base de progesterona em mulheres com encurtamento do canal cervical, parte do útero onde ocorrem as contrações durante o trabalho de parto.

Pesquisadores suspeitam que as mulheres que sofrem deste problema talvez tenham uma deficiência do hormônio, que administrado em forma de gel durante a gravidez pode ajudar a prolongar a gestação.

A equipe de pesquisa analisou 458 mulheres com encurtamento do canal cervical. Dividas em dois grupos, elas receberam o gel vaginal à base de progesterona ou um gel placebo entre a décima nona e vigésima terceira semana de gestação.

Apenas 8,9% das mulheres que receberam o gel deram à luz antes da trigésima terceira semana de gestação, em comparação aos 16,1% das mulheres no grupo placebo. O tratamento também foi benéfico aos bebês. Apenas 3% dos bebês de mulheres tratadas com progesterona apresentaram síndrome da angústia respiratória, em comparação aos 7,6% do grupo placebo.

“Há muito tempo já sabemos que o encurtamento do canal cervical está relacionado a um risco maior de parto prematuro”, disse Ashley Roman, do Langone Medical Center, que não participou do estudo.

Segundo Roman, estudos já haviam mostrado que a progesterona pode reduzir o risco de parto prematuro em mulheres com encurtamento cervical. Ela considera o novo estudo importante por mostrar que o tratamento também reduz os riscos de problemas respiratórios nos recém-nascidos.

“Além de uma redução nos casos de partos prematuros, observamos também uma diminuição de problemas de saúde relacionados à prematuridade”, ela declarou.

As ações da farmacêutica Watson subiram 1% na Bolsa de Valores de Nova York na tarde de ontem, enquanto que as ações da Columbia apresentaram queda de 2% depois de um período de alta de 52 semanas na Nasdaq.

* Por Julie Steenhuysen

Nenhum comentário:

Postar um comentário