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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Adoçante não conteve epidemia de obesidade

Especialistas dizem que excesso de açúcar faz Brasil amargar aumento de doença crônica

As estatísticas de aumento de diabetes, obesidade e doenças crônicas fazem o Brasil amargar um dado nada animador: o País figura entre as 10 nações com os maiores índices de problemas endócrinos do mundo.

Outro número pode explicar este título, acredita o professor de endocrinologia da Faculdade de Medicina da USP, Simão Augusto Lottemberg. “Somos a quarta maior nação em consumo de açúcar”, afirmou ele durante sua apresentação no Congresso Brasileiro de Cardiologia de Belo Horizonte.

"O consumo de gordura, carboidrato e doces cresce no mesmo ritmo da obesidade (hoje já presente na vida de 30% dos brasileiros). Avalio que nenhum alimento, sozinho, pode ser considerado vilão, mas há uma participação importante do açúcar no cenário de doenças cardíacas", completou Lottemberg. Este pó branco está entre os três principais inimigos do coração, formado ainda por sal e cocaína.

A nutricionista coordenadora da Liga contra o Diabetes do Hospital das Clínicas de São Paulo, Ana Maria Lottemberg diz que neste cenário já ficou claro que o uso de adoçante não é forte o suficiente para virar o jogo.

“Nestes últimos anos de aumento da obesidade também cresceu o consumo de adoçantes. Os gráficos são simultâneos”, afirma Ana Maria. “A minha avaliação é que para conseguirmos mudar os hábitos dos pacientes a primeira tarefa é tirar o estigma e o peso da palavra dieta. As pessoas acham que dieta é castigo, restrição, quando nem imaginam os prazeres de comer direito”, afirma.

Sem sabor

O endocrinologista da USP acrescenta que em uma rotina de consumo diário e excessivo de doces – sem contar os acréscimos que as pessoas fazem nos achocolatos, sucos e chás – torna impossível saborear e identificar que uma cenoura e uma beterraba, por exemplo, naturalmente têm gosto adocicado.

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