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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Copa de 2014 é oportunidade para reorganizar serviços públicos de saúde, diz Padilha

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou hoje (10) que a Copa do Mundo de 2014 é uma oportunidade para que o país organize os serviços oferecidos na área de saúde pública. Segundo ele, as prioridades serão o atendimento de urgência e emergência – tanto hospitalar, como nas unidades de Pronto Atendimento (UPAs) – e a vigilância epidemiológica.

Durante a cerimônia de instalação da Câmara Temática de Saúde, que integra a estrutura montada pelo governo para a realização do evento, Padilha afirmou que o objetivo é concentrar um conjunto de ações nas cidades-sede da Copa e também nos 64 destinos turísticos brasileiros.

“O Brasil já realizou grandes eventos, já mostrou que tem capacidade. Sabemos que vamos ter um aporte maior de pessoas, seja de brasileiros, seja de turistas estrangeiros”, disse. “São pessoas que vêm pra ficar pouco tempo na cidade e que, em geral, utilizam o pronto-atendimento”, completou.

De acordo com o ministro, a pasta trabalha com o que chamou de Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), mobilizando profissionais ligados a hospitais federais e universitários e a governos estaduais e municipais, que geralmente atuam em situações de grandes tragédias. “Todo evento especial requer uma mobilização especial”, observou Padilha.

O ministério planeja também aproveitar a Copa do Mundo de 2014 para difundir ideias de promoção da saúde e reforçar a prática da atividade física. Dados indicam que quase a metade da população brasileira está acima do peso e 15% estão obesos. “Ter espaços públicos próximos de onde as pessoas moram é fundamental”, concluiu.

O ministro do Esporte, Orlando Silva, lembrou que esta é a oitava de um total de nove câmaras temáticas relacionadas ao campeonato. Para ele, a instalação da ferramenta no âmbito específico da saúde representa o início de uma nova fase no ciclo de planejamento dos trabalhos, já que a primeira fase tratou apenas de infraestrutura.

“Muitas pessoas observam a Copa do Mundo como infraestrutura. Se fala muito em aeroportos, estádios, transportes, mas não se percebe que há também temas operacionais, ligados a serviços. Esperamos que o trabalho dessa câmara ajude a oferta de serviço público de qualidade nas cidades da Copa e nas que são destinos turísticos, já que os visitantes devem circular pelo Brasil”, afirmou.

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