O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) enviou nesta segunda-feira (04) seu posicionamento perante anúncio de paralisação dos médicos. Para coordenadora executiva do Idec, Lisa Gunn, o crescente movimento dos médicos expõe a fragilidade do sistema de saúde suplementar no País que submete os usuários e os prestadores de serviço às operadoras e demonstra uma situação limite que reclama uma solução urgente.
“Considerando a grave situação a que se chegou, o Idec espera que as operadoras aceitem dialogar e rever a remuneração dos médicos que exercem papel essencial na atenção à saúde, bem como pede que a Agência Nacional de Saúde Suplementar assuma seu papel de regulador da relação entre operadoras e prestadores de serviço, nos termos dos artigos 3º e 4º, da Lei 9.961/2000, intervindo para assegurar condições de trabalho e remuneração dignas e compatíveis com o exercício da profissão médica, garantindo assim o atendimento de qualidade aos usuários”, finaliza, em comunciado, Gunn.
O Instituto acredita que a permanência desse estado de “desestruturação” no sistema irá acelerar o processo de descredenciamento de médicos dos planos de saúde, deteriorando a atenção à saúde do consumidor e o sistema.
O documento foi direcionado a Maurício Ceschin, diretor executivo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); Arlindo de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo; Marcio Seroa de Araújo Coriolano, presidente da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização. E uma cópia foi também para o Ministério da Saúde, Ministério da Justiça, Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), Associação Médica Brasileira (AMB) e Associação Paulista de Médicos (APM).
Fonte SaudeWeb
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