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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Portugal: A ciência do choro

O que as investigações científicas têm descoberto sobre o efeito protector, a nível físico e psicológico, das lágrimas
 
A ciência do choroDeixam-nos sem palavras. Todos os gestos parecem desajeitados e inúteis quando as lágrimas inundam o rosto de alguém que gostamos. Procuramos lenços de papel dentro da mala e tentamos desesperadamente secar o sofrimento que inunda o cenário, como se o simples facto de limparmos os vestígios de «água» pusesse fim à dor de alguém.

Queremos que esse momento se evapore, pois sentimo-nos incomodados perante aquilo que é, afinal de contas, uma das coisas mais naturais do mundo. E muito necessária!

Mas, afinal, por que choramos? Este é um enigma antigo que tem fascinado os investigadores um pouco por todo o mundo. Alguns deles resolveram fazer contas às lágrimas que vertemos ao longo da vida e explicam-nos este fenómeno universal.

Choro libertador
Salvo algumas espécies muito raras de elefantes indianos ou de gorilas africanos, o homem é o único animal capaz de chorar quando as emoções o dominam, sejam estas a tristeza, o medo ou até a alegria. William Frey, bioquímico no Ramsay Dry Eye and Tear Research Center, nos Estados Unidos, tentou descobrir por que choramos e deparou-se com ainda mais perguntas do que as que tinha inicialmente.

Uma coisa é certa: 85 por cento das mulheres, que este investigador inquiriu, revelou que se sentia muito mais tranquila depois de chorar e 75 por cento dos homens é da mesma opinião. Mas, mais do que um mero efeito libertador, Frey apurou que chorar permite ao corpo expulsar, através das lágrimas, substâncias químicas que o organismo produz quando submetido a situações de stress.

Logo, trata-se de um acto que nos é benéfico e que pode até ser interpretado como um mecanismo de defesa do corpo e dos próprios olhos, já que as lágrimas formam uma película que os lubrifica e protege-os contra agressões externas.

Fonte Sapo Pt

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