Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quarta-feira, 13 de julho de 2011

A razão do cigarro: 77% fumam quando estão ansiosas

Para mulheres, ansiedade é mais associada ao fumo do que café e álcool
O motivo que faz as mulheres acenderem o cigarro é tão subjetivo como difícil de controlar. Uma pesquisa realizada pelo Hospital do Coração (HCor) de São Paulo revela que, para elas, o fumo é mais associado à ansiedade do que às refeições, ao cafezinho e até as bebidas alcoólicas.

Em entrevista feita com 43 pacientes internadas por alguma sequela física provocada pelo tabagismo os pesquisadores identificaram que 76,67% delas fumam quando estão aflitas, ansiosas, preocupadas ou com medo. As perguntas eram de múltipla escolha e esta opção foi a que mais pontuou.

Pelos dados divulgados, 73,3% mencionaram fumar após comer, tomar café e bebidas com álcool, 53% quando estão tristes, desanimadas e deprimidas, 46,67% quando estão irritadas ou com raiva e 46,67% quando estão perto de outras pessoas que fumam.

“A relação da mulher com o cigarro é emocional. A dos homens é mais objetiva. Isto faz com que elas tenham mais dificuldade em parar de fumar, porque os gatilhos são muitos e difíceis de evitar”, explica a psicóloga do Programa Integral de Atendimento ao Fumante do HCor, Priscila Bueno.

Outro problema de condicionar o cigarro à ansiedade e que isto aproxima da abstinência do tabaco o perigo de engordar. Muitas mulheres, inclusive, afirmam não largar o tabagismo por causa disso. “Só parar de fumar sem cuidar da ansiedade é arriscado porque, em geral, troca-se uma compulsão por outra. A pessoa até para de fumar, mas come mais e de maneira errada, o que também não é bom para a saúde”, completa a psicóloga.

Calmante de mentira

Para as fumantes que acreditam que o cigarro alivia a ansiedade, uma pesquisa realizada pela Escola de Medicina de Londres mostra que o “efeito calmante” é um mito, pelo menos a longo prazo.

O acompanhamento de 469 fumantes evidenciou que, ao contrário do que se imagina, aqueles que param de fumar tinham níveis de estresse (medidos por exames de sangue e questionários) até 20% menor do que aqueles que continuavam fumando.

Não bastasse isso, a ciência coleciona evidências de que o cigarro danifica o DNA em minutos, predispõe o usuário a múltiplas doenças (câncer, doenças cardiovasculares, diabetes e até dor nas costas) e, alerta a Organização Mundial de Saúde, figura como a principal causa de morte evitáveis no mundo todo.

Elas no alvo

No Brasil, os dados sobre tabagismo feminino não são nada animadores. Os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em levantamento feito com 54 mil brasileiros por telefone, mostram que enquanto os homens pararam de fumar nos últimos anos (em 2000, eles somavam 23% nesta categoria e agora são 17%), elas ficaram estáveis nas estatísticas – sempre na casa dos 12%. Além disso, as mulheres são as vítimas principais do “fumo passivo”, que prejudica tanto quanto o fumo.

Fonte IG

Nenhum comentário:

Postar um comentário