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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Estudo sueco relaciona poluição com endurecimento das artérias

Os poluentes químicos presentes no meio ambiente foram vinculados pela primeira vez ao endurecimento das artérias, condição que pode provocar ataques cardíacos e apoplexias, segundo um estudo sueco publicado nesta terça-feira nos Estados Unidos.

Há tempos se sabe que o efeito de substâncias tóxicas no ambiente é de longa duração, como as dioxinas, os bifenis policlorados e os pesticidas que se acumulam no tecido adiposo do corpo e no interior das paredes dos vasos sanguíneos.

Mas o estudo publicado na revista americana "Environmental Health Perspectives" é o primeiro a analisar a relação entre o tipo de exposição aos poluentes e a probabilidade de sofrer de arteriosclerose.

O estudo mediu os níveis destes componentes químicos em mil suecos residentes na cidade de Upsala e os níveis de arteriosclerose na artéria carótida, utilizando tecnologia de ultrassom.

Os cientistas descobriram que aqueles com maiores níveis de poluentes circulando no sangue eram mais propensos a sofrer um endurecimento das artérias e a ter sinais de acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos.

"Estas descobertas indicam que os tóxicos ambientais de vida longa orgânica podem estar ligados ao aparecimento de arteriosclerose e, portanto, levar à morte por doenças cardiovasculares no futuro", explicou Lars Lind, professor do departamento de ciências médicas da Universidade de Upsala.

Os países industrializados tendem a ter o maior número de casos de doenças cardiovasculares, cuja causa principal é o endurecimento das artérias.

Os fatores de risco incluem dietas ricas em gordura, tabagismo, diabetes e pressão alta.

Apesar de muitos poluentes atualmente serem regulamentados ou proibidos em todo o mundo, eles podem permanecer no ambiente por décadas, explicou Monica Lind, coautora do estudo e professora associada de Medicina Ambiental do Instituto Karolinska.

"Na Suécia e em outros países do mundo muitas destas substâncias são proibidas hoje, mas ainda persistem no nosso ambiente", disse Lind.

"Nós ingerimos estes componentes tóxicos com os alimentos que comemos e enquanto são armazenados no nosso corpo, seus níveis aumentam à medida que envelhecemos", acrescentou.

A equipe planeja analisar em breve a existência de algum vínculo entre a presença dos poluentes no sangue e a incidência de apoplexias e ataques cardíacos.

Fonte Folhaonline

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