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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Crianças vão receber vacina 5 em 1 a partir de agosto

AE  Criança recebe dose de vacina em Belo Horizonte (MG)
País anuncia a implantação de uma dose que protege contra difteria, tétano, coqueluche, influenza e hepatite B

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (18) mudanças no calendário de vacinação infantil no País. A primeira alteração é que, a partir de agosto deste ano, serão oferecidas gratuitamente nos postos de saúde uma vacina “5 em 1”.

Uma única dose, chamada de pentavalente, vai proteger contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenza tipo b e hepatite B. Atualmente, a imunização para estas doenças é oferecida em duas vacinas separadas.

Outra novidade no calendário é que a proteção contra a poliomelite, também chamada de paralisia infantil, será oferecida por injeção e não só por via oral.

“Não vamos aposentar a gotinha”, afirmou Jarbas Barbosa. “O Zé Gotinha (personagem criado para incentivar a vacinação em massa) não morre, mas ganha um aliado.”

Diferentemente da gotinha, a vacina injetável contra pólio é feita com um vírus inativado e não vivo, o que diminui os riscos de efeitos colaterais, como exemplo a paralisia de membros e face. As doses dessa vacina serão fornecidas por Bio-Manguinhos, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio de um acordo com a Sanofi Pasteur.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou que estas reações adversas são extremamente raras (a incidência é de um caso para cada 4 milhões de doses aplicadas), mas o empenho dos fabricantes públicos e privados é para que a aplicação seja a mais segura.

“Em 20 anos de campanha em massa de vacinação contra a poliomelite, só tivemos 46 casos notificados (de efeitos colaterais), mas eles existem e daí a importância de previní-los”, completou Padilha.

Se a injeção tem a vantagem de ser ainda mais segura contra complicações, o mérito da gotinha é que ela é mais fácil de ser aplicada e aceita pelo público infantil. Por isso, afirmou Barbosa, as doses orais não devem ser extintas enquanto o vírus da poliomelite circular em algum país do mundo.

“No Brasil, a doença já está erradicada, mas na Ásia e África (em 24 nações) a situação é endêmica. Há sempre o risco de um viajante ou turista ser contaminado e a vacinação oral é a melhor forma de evitar isso”, explicou o secretário. Por estes motivos, até completar 5 anos, as crianças vão receber duas gotinhas por ano, em campanhas de imunização em massa.

De acordo com o Ministério da Saúde, o novo calendário fica assim:

2 meses de idade: vacina 5 em 1 e injeção contra a pólio
4 meses de idade: vacina 5 em 1 e injeção contra a pólio
6 meses de idade: vacina 5 em 1 e gotinha contra a pólio
15 meses: gotinha contra a pólio
Até completar 5 anos: Anualmente, gotinha contra a pólio
Próximos passos
Também nesta quarta-feira foi anunciada uma parceria entre o Ministério e três laboratórios públicos (Butantan, FioCRuz e Evandro Chagas) para a elaboração de uma vacina 7 em 1.

A previsão é que ela seja concluída em 4 anos e também seja oferecida na rede pública. O objetivo é agregar na pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hemófilus B e Hepatite B) a proteção contra a poliomelite com vírus inativo e contra a meningite C.O Ministério também estuda, para os próximos anos, oferecer vacinas gratuitas contra mais doenças. Em análise, estão as doses contra catapora, hepatite A e HPV, hoje só disponíveis na rede particular de saúde.

Fonte iG

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