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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Ney Matogrosso faz campanha contra preconceito por hanseníase

O cantor Ney Matogrosso e a atriz Elke Maravilha participaram na tarde desta terça-feira do lançamento do apelo global da ONU (Organização das Nações Unidas) contra a hanseníase em um hotel no Flamengo, zona sul do Rio. A ação visa acabar com o estigma e a discriminação contra os portadores da doença e suas famílias.

"A ignorância é a base do preconceito. Por isso, é preciso se informar sobre a doença", disse Matogrosso durante o evento.

A iniciativa foi criada pela Nippon Foundation, em 2006, com apoio de líderes mundiais. O apelo tem o objetivo de promover o aumento da consciência internacional sobre a hanseníase.

Diana Brito/Folhapress
O cantor Ney Matogrosso participa de ação pelo fim do preconceito contra portadores de hanseníase, no Rio
O cantor Ney Matogrosso participa de ação pelo fim do preconceito contra portadores de hanseníase, no Rio

"Temos que por fim a discriminação às pessoas com hanseníase, que ainda é em grande parte fruto de uma crença medieval de que se deveria separar da sociedade pessoas com a doença", disse o diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.

No apelo global, a ONU informa que a hanseníase é uma moléstia infecciosa de baixa transmissibilidade. "Não se contrai hanseníase pelo contato ocasional. Ela pode ser curada com a poliquimioterapia, que mata as bactérias que a causam e impedem a disseminação da doença. O diagnóstico precoce, seguido de tratamento impede que ocorram as disfunções e deformidades associadas à hanseníase".

Maierovitch afirma que a hanseníase continua relacionada à pobreza. "A transmissão da hanseníase é facilitada quando as pessoas vivem muito aglomeradas, em condições ruins de habitação. Ela em si acaba levando ao empobrecimento, já que os doentes são discriminados, são excluídos do mercado de trabalho. E aí nós temos um ciclo que é difícil quebrar de doença e pobreza. E é justamente em cima disso que se pretende dirigir as ações", explicou.

O especialista conta que o Brasil mantém a queda na incidência da hanseníase. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, o coeficiente de detecção de casos novos caiu 15%.

Os dados preliminares mostram que, em 2011, houve 30.298 casos novos detectados, um coeficiente de 15,88 casos novos por 100 mil habitantes. Em 2010, o coeficiente de detecção geral foi de 18,22 por 100 mil habitantes - o que correspondia a 34.894 casos novos da doença no país.

"É um problema grave porque aqui temos aproximadamente 15% dos casos do mundo. A Índia tem aproximadamente 50% dos casos", disse.

O Ministério da Saúde informa ainda que o embaixador da ONU para a eliminação da hanseníase no mundo, o japonês Yohei Sasakawa, não compareceu ao lançamento do apelo global no Rio nesta terça-feira porque sofreu um infarto na noite de ontem em São Paulo. Segundo a ONU, o estado de saúde de Sasakawa inspira cuidados. Ele já retornou para o Japão.

Fonte Folhaonline

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