Segundo novo estudo, risco de mortalidade é quase duas vezes maior entre os solteiros
Adultos casados que passam por uma cirurgia cardíaca têm três vezes mais chance de sobreviver nos três meses subsequentes do que os solteiros, diz um novo estudo.
"isso é uma diferença dramática nas taxas de sobrevivência em pessoas solteiras, durante o período mais crítico de recuperação pós-operatória", diz Ellen Idler, da Emory University, líder do estudo. "Descobrimos que o casamento aumenta a sobrevivência em homens e mulheres", diz.
Enquanto a maior diferença no resultado ocorreu durante os três primeiros meses, o estudo mostrou que o efeito protetor do casamento continua por mais de cinco anos após uma cirurgia de ponte de safena. O risco de mortalidade é quase duas vezes maior entre solteiros.
"Os resultados sublinham a importância do papel das esposas e cuidadoras durante as crises de saúde", diz Idler. "E maridos foram aparentemente tão eficientes quanto as mulheres", diz.
O casamento tem sido associado com vida mais longa desde 1858, quando William Farr observou que a união protegia contra mortalidade precoce na França. A evidência vem se acumulando que viúvos, solteiros e divorciados têm taxas mais altas de mortalidade. Grande parte da pesquisa, no entanto, tem focado amplamente em populações durante a vida inteira, ou registros de saúde.
"Queríamos focar numa janela de tempo: uma crise de saúde", diz Idler. "e queríamos somar as entrevistas com o paciente aos registros médicos", continua.
O estudo envolveu mais de 500 pacientes que passaram por cirurgias cardíacas emergenciais ou eletivas. Todos foram entrevistados antes da cirurgia.
Enquanto os dados não são conclusivos para o que leva à diferença nas taxas de sobrevivência, as entrevistas fornecem algumas pistas. "os pacientes casados têm uma perspectiva mais positiva em relação à cirurgia, comparados aos solteiros". Quando perguntados se eles eram capazes de lidar com a dor e o desconforto, ou suas preocupações, os casados tinham mais chances de dizer sim", diz.
Pacientes que sobreviveram mais de três meses após tinham uma chance 70% maior de morrer em cinco anos se fossem solterios. Uma análise dos dados mostrou que história de tabagismo contou para as baixas taxas de sobrevivência entre os solteiros no longo prazo.
"A baixa probabilidade de os casados serem fumantes sugere que o controle das mulheres sobre o cigarro produz ganhos na saúde a longo prazo".
Fonte Estadão
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