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domingo, 1 de abril de 2012

Cientistas dão sinal verde à divulgação de estudo sobre a gripe aviária

Gripe aviária India HG
Sushanta Das/27.01.2012/AP
Agentes de saúde recolhem frangos suspeitos de carregar o vírus
da gripe aviária, em Lembucherra, na Índia, em janeiro deste ano
Grupos temem que informação sobre vírus possa cair nas mãos de bioterroristas

Um painel não governamental de especialistas nos Estados Unidos deu sinal verde, nesta sexta-feira (30), à publicação completa de dois estudos sobre a gripe aviária mutante, revertendo a decisão anterior de impedir a divulgação de detalhes importantes das pesquisas.

Em comunicado, o Conselho Nacional Científico de Biossegurança (NSABB) disse que a publicação do estudo não representa risco.

- Os dados descritos nos manuscritos revistos não parecem fornecer informação que permita de imediato o uso indevido dessa investigação, de forma que possa pôr em risco a saúde pública ou a segurança nacional.

Especialistas dos Estados Unidos se opuseram anteriormente à publicação desses estudos - que mostravam como um vírus da gripe H5N1 gerado em laboratório poderia ser transmitido facilmente através do ar entre os furões - por temor de que a informação terminasse em mãos equivocadas e desencadeasse uma pandemia mortal de gripe.

Depois de uma reunião para rever os últimos detalhes, os especialistas consideraram que "uma nova evidência que melhore a compreensão das mutações específicas pode ajudar a vigilância internacional, a saúde pública e a segurança".

- A cooperação global, importante para os esforços de preparação ante a influenza pandêmica, baseia-se no livre intercâmbio de informação e é um princípio fundamental na avaliação destes manuscritos.

O NSABB foi objeto de críticas depois de resolver por unanimidade, em dezembro do ano passado, que dois estudos financiados pelos Estados Unidos, um de uma equipe de Wisconsin e outro dirigido pelo cientista holandês Ron Fouchier, não deveriam ser publicados, a não ser que fossem retirado sdetalhes que prevenissem a reprodução do vírus.

A gripe aviária é responsável pela morte de mais da metade das pessoas que infecta, o que é considerado muito mais letal que as cepas típicas do vírus.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, houve 573 casos de gripe aviária H5N1 em humanos em 15 países desde 2003, com 58,6% de óbitos.

Fonte R7

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