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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Haiti segue sofrendo com epidemia de cólera

Esta doença vai durar muito tempo pela falta de higiene que há no país
Doença continua castigando o país um ano e meio após surto

O Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) das Nações Unidas também alertou sobre este aumento e assinalou que, entre 8 e 10 de abril, o número de casos foi quatro vezes maior que o habitual, o que reverteu a tendência de queda observada desde o início do ano.

Apesar da taxa de mortalidade acumulada se manter em 1,3%, estima-se que este ano 250 mil pessoas poderiam adoecer, a maioria delas entre abril e novembro, durante a época de chuvas e furacões, de acordo com dados da Organização Pan-americana da Saúde (OPS) citados pelo OCHA.

Para atenuar os efeitos da doença, o Ministério da Saúde Pública e População (MSPP) e a ONG Partners in Health iniciaram uma campanha de vacinação que pretende proteger da epidemia 100 mil pessoas dos departamentos de Artibonite e Oeste.

Segundo a enfermeira Marie, as chuvas contribuem para elevar a contaminação das águas, o que, unido às deficiências de higiene do país, incide no aumento da epidemia.

– É preciso mais higiene. Esta doença vai durar muito tempo pela falta de higiene que há no país, assinala.

De fato, esse é o ponto mais importante na prevenção desta epidemia, e as campanhas iniciadas por autoridades e organizações humanitárias desde seu surgimento tiveram impacto sobre a educação em saúde para a população.

O acampamento Marassá 14, no setor de Croix de Buquets da capital haitiana, conta com um ativo comitê implicado na proteção de seus habitantes contra o cólera. No campo de desabrigados, onde vivem mais de três mil afetados pelo terremoto que castigou o país em 2010, o comitê realiza intensas campanhas de informação para a prevenção, além de oferecer assistência aos doentes que chegam, cujo número também aumentou durante as últimas semanas, segundo seus responsáveis.

Um deles, Jacky Narcisse, explica à Efe que o aumento começou a ser percebido neste acampamento em meados de fevereiro, mas com a ajuda do pessoal do Hospital dos Pequenos Irmãos e Irmãs e das ONG que lutam contra o cólera, a situação foi controlada.

Os voluntários da comissão do acampamento conhecem bem o protocolo e seguem ao pé da letra um procedimento que inclui a identificação da doença a partir dos sintomas dos doentes, os quais são conduzidos ao hospital se necessário, e a descontaminação de suas roupas e móveis e utensílios.

Apesar do grande número de casos de cólera controlados, o comitê do acampamento sente a falta de mais ajuda do Governo.

– Nunca vi deputados nem ministros por aqui com interesse neste problema, lamenta Narcisse.

Fonte R7

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