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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Medo do erro pode ser responsável pelo “branco” mental

Nos esportes, na televisão ou em tarefas cotidianas muitas pessoas passam por uma situação bastante comum: ter um “branco” durante uma tarefa em que elas normalmente são exímias. Mas porque isso acontece?

Um estudo americano, feito pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (Calthech) sugere que as pessoas, quando em face do medo de fazer algo errado em uma área que são consideradas experts, podem perder completamente o controle de sua performance.

Uma das hipóteses dos pesquisadores é que isso acontece principalmente quando a expertise do indivíduo envolve ganhos monetários. Os resultados do estudo, liderado por Vikran Chib, foi publicado no periódico Neuron.

Pesquisas anteriores apontavam para o fato de que ter rendimentos econômicos acima da média para fazer determinada tarefa podiam criar um nível de excitação exagerado e causar esses “brancos” mentais. A pesquisa de Chib aponta que o medo de perder esses ganhos é o principal fator.

O estudo se baseou na análise das funções cerebrais de participantes de um jogo de laboratório que envolvia ganhos em dinheiro para a realização de tarefas nas quais ele eram particularmente especialistas. Quanto mais acertos, maiores os ganhos dos participantes.

Como esperado os incentivos aumentavam o nível de performance dessas pessoas. Mas havia um limite onde essa curva de acertos caia rapidamente. E o motivo disso está no funcionamento de uma estrutura cerebral chamada estriado ventral, que é ativado nos processos que envolvem prazer e recompensa. Quanto maiores as recompensas mais ativado essa estrutura se mostrava e, consequentemente, melhores os resultados. Mas havia um limite.

A explicação de Chib e sua equipe é que até determinado momento da realização das tarefas propostas as recompensas em dinheiro eram vistas como um ganho. Portanto o cérebro via isso como prazer, e quanto mais dinheiro em jogo, maior a expectativa de um aumento de prazer.

Mas quando os incentivos – os ganhos – se tornavam excessivos, o cérebro começava a dar sinais do inverso: medo de perder o que havia sido ganho até então. Era quando o estriado ventral deixava de se ativar e a performance diminuia subtamente. O sentimento de aversão também aumentava e os participantes ficavam cada vez mais propensos a ficarem ansiosos e desejarem interromper a atividade.

“Identificar os mecanismos da aversão à perda pode nos ajudar a desenvolver novas formas de motivar as pessoas a se tornarem melhor em suas atividades profissionais, técnicas ou mesmo nas decisões domésticas e no dia a dia. Conseguir fazer com que um indivíduo se torne menos aversivo ao erro parecer ser o melhor caminho para fazê-lo se tornar cada vez mais habilidoso nos assuntos que domina, mesmo durante situações de estresse”, finaliza Chib.

Fonte O que eu tenho

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