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domingo, 22 de julho de 2012

Inverno: tempo seco piora saúde respiratória, explica especialista

Especialista em alergias do Hospital-Sírio Libanês, em São Paulo, explica como prevenir as alegrias respiratórias mais comuns durante o inverno.

No inverno aumentam a incidência de dias mais secos. Poeira e poluição ficam suspensas no ar que respiramos e as pessoas tendem a ter sua saúde respiratória piorada. A situação se agrava mais para quem tem maior tendência à alergias.

“Pacientes com algum tipo de alergia normalmente têm as vias respiratórias mais sensíveis à inflamação. E se os dias secos causam problemas em pessoas saudáveis, nos alérgicos o quadro é agravado. Agentes externos – que são normalmente a causa dos eventos alérgicos – ficam mais tempo no ar e é também nessa época do ano que os ácaros acabam se proliferando mais também. Isto pela falta da luz do sol – menos incidente nas casas – e pelo fato de que roupas de cama e de frio guardadas há muito tempo voltam a circular pela casa”, explica Ana Paula Moschione Castro alergista do Núcleo Avançado do Tórax do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Entre os quadros mais comuns, explica a alergista, está a rinite alérgica (40% de toda a população infantil sofre desse problema, por exemplo), a asma (uma alergia que ataca e inflama os brônquios, também conhecida por bronquite) e a conjuntivite alérgica, que não ataca as vias aéreas mas também é piorada pelos alérgenos suspensos no ar.

Controle dos fatores ambientais
A melhor forma de se proteger e diminuir os quadros associados às alergias, diz Ana Paula, é começar pelo controle ambiental.

“Controlar a limpeza do ambiente já é meio caminho andado para diminuir as crises alérgicas. Partindo-se do pressuposto que a casa não tem carpete – um pecado no caso dos alérgicos – é preciso deixá-la sempre limpa. Cortinas são um dos piores locais para se acumular estes alérgenos, então atenção redobrada com estes itens”, alerta a especialista. O bolor também é um desencadeador de alergias. Então, este é outro ponto importante.

E para quem usa aspirador de pó, uma dica importantíssima da alergista: os filtros tradicionais não livram a casa dos ácaros. “Existem no mercado filtros especiais, os chamados ‘filtros HEPA’, que são ideais para conter os ácaros. Do contrário, o aspirador de pó só vai filtrar a poeira e espalhar os ácaros por onde passar”, diz.

Já os esterilizadores de ar, que são indicados para o controle dos ácaros e mofos, são eficientes, mas não acompanham o ritmo de vida das pessoas. Eles ajudam a fazer a limpeza do local onde se vive, mas normalmente, quando se muda de ambiente (escola, trabalho, academia ou outros locais) a pessoa volta a sofrer com a alergia. “O custo de se manter dois ou mais esterilizadores em todos os locais por onde o alérgico transita é alto”, aponta Ana Paula

Bichos de pelúcia e colchões
No caso das crianças, os bichos de pelúcia são um dos principais problemas a serem controlados. E aqui outra dica da especialista: manter estas pelúcias durante um dia no freezer ajuda a acabar com os ácaros presentes. A mudança para uma temperatura muito baixa acaba com a praga.

“Há também a questão dos colchões e travesseiros. Quando ficam velhos eles passam a soltar fuligens por causa da degradação do material com o qual são fabricados. Os colchões, por exemplo, têm data de validade indicada pelo fabricante. Mas para se ter um número de cabeça é só lembrar que a média dessa validade é de cinco anos. Depois disso, o colchão precisa ser renovado. Para os travesseiros, que são itens mais baratos, o ideal é trocar de ano em ano”, diz Ana Paula.

Dicas
Abaixo oito dicas para controlar os fatores que podem desencadear as crises alérgicas:

1. Troca anual de travesseiro;

2. Lavar e passar muito bem roupas de cama e principalmente fronhas, pelo menos uma vez por semana;

3. Exposição ao sol dos colchões, edredons e almofadas;

4. Aspiração semanal da casa e principalmente quartos;

5. Remoção de carpetes;

6. Higiene ambiental è fundamental: procure manter a casa sempre limpa e bem arejada;

7. Lavagem usual dos bonecos de pelúcia e cortinas;

8. Trocar o colchão se já estiver com mais de cinco anos de uso.

Fonte O que eu tenho

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