Método não invasivo tem potencial para tratar a maioria dos cânceres e beneficiar, sobretudo, pacientes com tumores no cérebro
Cientistas dos Estados Unidos relatam o desenvolvimento de um laser capaz de localizar, mapear e, em seguida, destruir tumores do câncer de forma precisa e não invasiva.
Usando um "laser de femtosegundos" que pulsa na velocidades de um quadrilionésimo de segundo, o novo dispositivo "procura e destrói" se concentra em uma região específica do tecido para mapear o tumor com precisão.
A nova tecnologia é a criação de Christian Parigger e Jacqueline Johnson, da University of Tennessee Space Institute, em parceria com Robert Splinter, da Splinter Consultants.
"Utilizar pulsos ultra-curtos de luz nos dá a capacidade de se concentrar em uma região bem confinada, bem como a capacidade de radiação intensa. Isso nos permite entrar e sair de uma área específica rapidamente para que possamos diagnosticar e atacar as células tumorais de forma rápida", diz Parigger.
Uma vez que o laser localiza a área cancerosa e a tem precisamente sob mira, todo o necessário é que a intensidade da radiação seja acionada para queimar o tumor.
Os cientistas afirmam que a nova tecnologia tem potencial para ser mais exata dos que os tratamentos atuais, além de viabilizar a economia de uma quantidade considerável de dinheiro, pois o método pode ser aplicado em um procedimento ambulatorial, tornando desnecessária uma cirurgia intensiva. O novo dispositivo pode ser utilizado no tratamento da maioria dos tipos de câncer, mas segundo a equipe de cientistas, os pacientes com tumores cerebrais serão especialmente beneficiados.
A tecnologia de imagem é capaz de "ver" através de camadas finas de osso, como as do crânio, de forma não invasiva. "O dispositivo pode fazer isso bem o suficiente para ajudar a definir uma estratégia de tratamento específica contra o câncer persistente", diz a equipe.
O tratamento atual é limitado devido à possibilidade de danificar os tecidos vizinhos saudáveis
"Utilizar pulsos mais longos de laser é como deixar uma lâmpada acesa, que aquece e pode danificar o tecido saudável", explica Parigger, que continua: "o fato de a radiação de laser de femtosegundos poder ser focada com precisão espacial e temporal permite evitar o aquecimento de muitas coisas que você não quer que sejam aquecidas".
A equipe sugere que o novo dispositivo tem potencial para superar muitas dificuldades no tratamento do câncer cerebral: especialmente nos casos em que a cirurgia não pode ser uma opção se todo tecido canceroso não pode ser removido.
"Este tratamento supera dificuldades no tratamento do câncer cerebral e de outros tumores, além disso, pode ter aplicações promissoras para outras áreas", conclui Parigger.
Fonte isaude.net
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