Secretário da Saúde acredita que fornecimento será normalizado a partir da
próxima semana
Uma redução no abastecimento da chamada insulina regular levou a Secretaria
Estadual da Saúde a usar o estoque do medicamento na distribuição às farmácias
do Sistema Único de Saúde (SUS). No Rio Grande do Sul, cerca de sete mil pessoas
com diabetes recebem gratuitamente o hormônio.
De acordo com o Secretário de Estado da Saúde, Ciro Simoni, o problema é
nacional e estaria ligado a uma deficiência na importação do medicamento. A
redução das doses fornecidas teria começado entre o fim de setembro e começo de
outubro, levando o governo a utilizar o estoque.
— Acontece que distribuíram uma quantidade menor do que o Rio Grande do Sul
costuma receber. Estivemos em contato com o Ministério da Saúde e ele espera que
até a próxima semana o fornecimento esteja regularizado. Até agora conseguimos
equilibrar com o estoque, só não podemos esperar que esta situação continue —
alerta Simoni.
A insulina NPH, que, de acordo com o secretário seria a mais usada, não teve
problemas na distribuição. O déficit atual é da insulina regular, que tem ação
mais rápida. O presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia (SBEM), Airton Golbert, explica que ela age cerca de meia hora após
ser aplicada e o efeito dura até quatro horas. Normalmente é usada antes das
refeições. Para quem tem diabetes, o medicamento pode ser vital.
— Em situações mais graves da doença a pessoa precisa de insulina para viver,
pois ela impede que a glicose suba — afirma Golbert.
O Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (Sinprofar) do
Rio Grande do Sul não foi informado sobre a falta do medicamento e acredita que
o problema de abastecimento não teria atingido as farmácias particulares.
Fonte Zero Hora
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