Uma nova alternativa, segura e eficaz, para pacientes com vitiligo está em fase de testes nos Estados Unidos: o transplante de pele. A cirurgia está sendo realizada em pacientes que estão com a doença estabilizada e têm manchas pequenas e localizadas em determinadas áreas do corpo.
No procedimento cirúrgico, os pesquisadores do Hospital Henry Ford, em Detroit, implantaram células saudáveis de pele nos locais afetados pelo vitiligo. Os médicos já realizaram o transplante de pele em 32 pacientes e, depois de seis meses, constataram que ocorreu repigmentação, que variou de 52% a 74% da cor natural da pele. Segundo os pesquisadores, os pacientes negros, com vitiligo em apenas um lado do corpo, apresentaram os melhores benefícios com a técnica.
O mesmo tipo de transplante de pele para pacientes com vitiligo também é feito no Brasil, embora poucos dermatologistas realizem o procedimento. Um deles, Carlos Machado, coordenador do Centro de Estudos do Vitiligo da Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, afirma que obteve sucesso em cerca de 500 casos de pacientes brasileiros transplantados.
De acordo com o médico, a média de repigmentação observada foi a mesma da pesquisa americana, cerca de 60% da área atingida. E Carlos Machado afirma que o transplante é uma das poucas técnicas que proporcionam tão elevado índice de resultado, acima de 60%. Nenhum tratamento clínico atinge esse índice de recuperação, completa.
A cirurgia não pode ser efetuada em todo paciente com vitiligo, há alguns requisitos para se submeter ao transplante. Dentre os critérios básicos, o doente deve estar com a doença inativa, não ter respondido ao tratamento clínico convencional e ter o vitiligo restrito a uma área pequena.
Vitiligo é uma doença autoimune, caracterizada pelo surgimento de manchas brancas pelo corpo, causadas pela destruição ou inatividade dos melanócitos, as células produtoras de melanina, responsável pela pigmentação da pele.
Fonte Corposaun
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