Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sábado, 8 de dezembro de 2012

Psicólogos alertam que produtos infantis estão sexualizando precocemente as crianças

Em uma campanha apoiada pela Associação Americana de Psicologia (APA), pesquisadores e psicólogos tentam sensibilizar as empresas de brinquedos sobre a alta carga sexualizada desses produtos.
 
De acordo com as pesquisas, esse tipo de brinquedo fazem com que as crianças mais novas passem a se portar como se fossem mais velhas do que se espera para sua idade, copiando modelos de outras crianças.
 
“Os marketeiros dizem que as crianças estão mais velhas, e que crianças de 6 anos querem produtos antes endereçados àquelas com mais de 13 anos. E essas últimas passam a copiar os padrões de consumo e trejeitos que normalmente se observa entre as jovens de 20 anos”, diz Susan Linn, diretora do Observatório da Mídia do Centro para Crianças de Judge Baker, instituto ligado à Universidade de Harvard, nos EUA.
 
“Como resultado essas crianças estão mais expostas a materiais que podem comprometer seu desenvolvimento e maturidade, assim como sua habilidade de julgamento e desenvolvimento emocional e cognitivo”, completa a pesquisadora.
 
Brinquedos baseados em grupos de música preocupam a pesquisadora. “As letras das músicas desses grupos normalmente versam sobre a sexualidade, e com base nos brinquedos as meninas mais novas acabam sendo expostas a esse erotismo”, diz Linn.
 
A campanha, onde diversas mães se propuseram a escrever para as companhias de brinquedo pedindo que os produtos como bonecas fossem indicadas como sendo para crianças mais velhas (ou seja, acima da faixa dos 6 a 8 anos, como dizem as embalagens).
 
“Sexo está se tornando um commodity, e a mensagem que parecem passar é que sexo é poder’. Bonecas com trajes ínfimos e até mesmo lingerie são indicadas como um produto normal para uma crianças de 10 anos”, afirma a psicóloga que lembra ainda que os responsáveis pelas campanhas de marketing dizem estar respondendo ao desejo do público infantil por brinquedos mais “sexy”, o que vem sendo cada vez mais valorizado em detrimento de outros conceitos.
 
“Há cada vez menos modelos de comportamento que realmente ensine boas coisas, seja em livros ou entre as estrelas ‘teen‘ que povoam a programação na TV e internet, diz Sharon Lamb, outra pesquisadora do tema.
 
Distorção
Ela lembra ainda que revistas de moda para o público infantil são um mercado em crescimento. E todas elas encorajam as crianças a experimentar maquiagem, roupas de marca que também são usadas pelas estrelas pop e outros acessórios que nada têm a ver com a fase que essas meninas estão passando.
 
Mesmo a imagem sexual vendida por esses produtos são distorcidos, diz Lamb. “Será que essa imagem do poder ou influência que um indivíduo sexualizado pode ter sobre os outros está mostrando a realidade, ou apenas fazendo com que as meninas se engajem em comportamentos que agradam aos meninos? Porque o que se vende é que ser sexy é o verdadeiro poder feminino, mas isso dificilmente as ajudará realmente a ter uma carreira profissional ou serem mais felizes quando adultas”.
 
A resposta a tudo isso, dizem as especialistas, parte dos pais: eles devem falar e questionar as mensagens que falam de sexualidade antes que as meninas comecem a ser bombardeadas com esses produtos e propagandas. “Falar de sexo com as crianças é cada vez mais necessário, pois isso pode ajudá-las a por a questão em perspectiva e talvez se preparem para resistir a um discurso montado pelas empresas de brinquedos”, finaliza.
 
Fonte O que eu tenho

Nenhum comentário:

Postar um comentário