Estudo divulgado pelo British Medical Journal (BMJ) confirma que o cigarro é um dos principais fatores de risco para a artrite.
A pesquisa, realizada na Suécia, revela que o consumo de cigarro é responsável por mais de um terço dos casos mais graves de artrite reumatóide e também está por trás de mais da metade dos casos em pessoas geneticamente predispostas a desenvolver a doença.
De acordo com membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia, Dr. Carmo de Freitas, que trabalha na área há quase 40 anos, a artrite reumatóide (AR) está entre as doenças com maior incidência no mundo todo. “Somente no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas sofrem com a AR, uma doença inflamatória crônica, que causa dor, inchaço, perda de funções de articulações e inflamação de outros órgãos”, explica o médico.
O método
A pesquisa, realizada na Suécia, baseou suas conclusões na análise de 1,2 mil pessoas, de 18 a 70 anos, com artrite reumatóide, registradas em 19 clínicas.
A pesquisa, realizada na Suécia, baseou suas conclusões na análise de 1,2 mil pessoas, de 18 a 70 anos, com artrite reumatóide, registradas em 19 clínicas.
Posteriormente, estas análises foram comparadas com as de 871 voluntários com as mesmas características, mas sem a doença. Todos foram questionados sobre seus hábitos com o cigarro e a partir das respostas foram divididos em três categorias de acordo com o tempo em que fumavam.
Além disso, foi feito um exame de sangue para determinar se tinham predisposição genética a artrite e avaliar a gravidade da doença.
Os resultados
• Dos que sofriam de artrite reumatóide, 61% tinha a forma mais grave da doença, que é também a mais comum.
• Dos que sofriam de artrite reumatóide, 61% tinha a forma mais grave da doença, que é também a mais comum.
• As pessoas que mais fumavam – cerca de 20 cigarros ao dia durante pelo menos 20 anos – tinham 2,5 vezes mais probabilidade de desenvolver a doença.
• O risco se reduziu no caso dos ex-fumantes de forma proporcional aos anos de afastamento do cigarro. No entanto, entre esse grupo, os que fumaram muito continuam apresentando um risco relativamente alto de desenvolver a doença, mesmo para os que largaram o cigarro há 20 anos.
As conclusões
• Em função destes dados, os especialistas concluíram que 35% dos casos de artrites graves podiam ser atribuídos ao tabaco.
• Em função destes dados, os especialistas concluíram que 35% dos casos de artrites graves podiam ser atribuídos ao tabaco.
• Entre as pessoas com predisposição genética, a relação com o tabaco era de 55%, com maior risco quanto mais alta era a dependência.
Dr. Carmo de Freitas ressalta ainda que pacientes com artrite reumatóide que fumam têm maior risco de não se beneficiarem com o tratamento da doença. “O tabagismo está associado com a não-resposta para o tratamento da doença com o emprego de alguns medicamentos”, acrescenta o reumatologista.
Fonte Corposaun
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