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domingo, 17 de março de 2013

Rock pesado pode levar ao desenvolvimento de doenças cardíacas

Heavy Metal ajuda a mudar a frequência cardíaca
Foto Mo123
Heavy Metal ajuda a mudar a frequência cardíaca
Pesquisadores da Unesp fizeram experimento para comparar o efeito do heavy metal e da música clássica na saúde cardíaca
 
A preferência por escutar heavy metal ou música clássica poderia influenciar a saúde cardíaca, segundo pesquisa realizada na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Experimentos feitos com o objetivo de avaliar o efeito dos dois gêneros musicais indicam que, definitivamente, o rock pesado tem o poder de tocar os corações - e nem sempre de forma branda. " Nosso trabalho sugere que, após longo tempo, o heavy metal pode colaborar para o desenvolvimento de hipertensão ou outra doença cardíaca" , o fisioterapeuta Vitor Valenti, professor da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp em Marília.
 
Em seus experimentos, Valenti utilizou uma peça de cada gênero musical. Do lado metaleiro, a escolhida foi a faixa Heavy metal universe, da banda alemã de speed metal (uma subdivisão do heavy metal) Gamma Ray. Do lado erudito, selecionou o famoso Cânone em ré maior, do alemão Johann Pachelbel (1653-1706).
 
Pertencente ao período barroco, a peça de Pachelbel é frequentemente confundida com as obras de Mozart, e este fator também influenciou na sua seleção.
 
Em 1991, o pesquisador francês Alfred Tomatis publicou o livro Por que Mozart?, afirmando que o hábito de ouvir composições do músico austríaco pode acelerar o desenvolvimento cerebral, principalmente em crianças. O fenômeno ficou conhecido como " efeito Mozart" , mas sua existência ainda é motivo de polêmica.
 
Os testes feitos por Valenti envolveram 33 voluntários, que passaram por duas sessões sonoras de cinco minutos para cada estilo musical. Enquanto ouviam as músicas de ambos os estilos, tocadas de forma aleatória, tinham a frequência cardíaca monitorada por eletrocardiograma. As análises estatísticas dos resultados, que devem ser publicados este ano, mostraram os corações dos voluntários batendo mais rápido com as guitarras do Gamma Ray, e desacelerando sob as cordas do Cânone.

Estimulação
Valenti diz que as diferenças nos batimentos cardíacos verificadas nas audições refletem a ação da música sobre o sistema nervoso autônomo. Trata-se de uma divisão do sistema nervoso responsável por funções primordiais do corpo humano como respiração, circulação e controle de temperatura.
 
O sistema nervoso autônomo, por sua vez, subdivide-se em dois grandes troncos, chamados simpático e parassimpático, que trabalham de forma antagônica. A estimulação dos nervos simpáticos produz modificações como dilatação da pupila, aumento da frequência cardíaca e constrição dos vasos sanguíneos, que deixam a pessoa mais apta para lidar com situações de luta ou fuga. Já a estimulação parassimpática produz efeitos contrários, sendo importante para permitir que o indíviduo pegue no sono, por exemplo.
 
Um poderoso ferramental estatístico permitiu ao pesquisador concluir que, entre os indivíduos pesquisados, os efeitos do heavy metal do Gamma Ray sobre o sistema nervoso simpático foram maiores do que os do Cânone em Ré Maior sobre o parassimpático. " Mas o Cânone produziu efeitos menores do que os verificados em estudos semelhantes que usaram peças de Mozart" , avaliou o pesquisador.

Diferenças entre homens e mulheres
De maneira geral, o coração dos homens reagiu mais intensamente (isto é, com maior variabilidade da frequência cardíaca) ao heavy metal do que o das mulheres. Diferenças hormonais parecem estar na base dessa disparidade. Testosterona, estrógeno e progesterona, além de desempenharem funções ligadas à reprodução, também modulam a atividade cerebral, podendo afetar a forma como as pessoas reagem à música. " No futuro, pretendemos medir a resposta ao estímulo auditivo em mulheres em diferentes fases do ciclo menstrual" , adianta Valenti. " Para os homens, é possível fazer uma análise sanguínea para determinar os níveis de testosterona e verificar se eles se associam à variabilidade da resposta cardíaca ao estímulo musical."

Com informações da Unesp
 
Fonte isaude.net

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