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domingo, 28 de abril de 2013

Anvisa pretende estabelecer normas para recall de alimentos

Anvisa pretende estabelecer normas para recall de alimentos  Gilmar de Souza/Agencia RBS
Foto: Gilmar de Souza / Agencia RBS
No caso Ades, a empresa não sabia onde estavam
as unidades contaminadas
Medida visa que fabricantes adotem um sistema de rastreamento dos produtos
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária decidiu colocar em consulta pública normas sobre recolhimento de produtos alimentícios. A proposta da agência é que os fabricantes sejam obrigados a comunicar no prazo de 24 horas a Anvisa sobre problemas na fabricação de alimentos que podem causar danos à saúde, e prevê como deverá ser feita a divulgação de um comunicado à população.

De acordo com a Anvisa, casos como o da bebida da marca Ades chegaram ao conhecimento da agência reguladora através de imprensa. Atualmente, não existe regra que obrigue as empresas a comunicar às autoridades de Vigilância Sanitária esse tipo de ocorrência.

— A regulamentação traz a responsabilização do setor produtivo e desonera o sistema nacional, que ao invés de ir atrás da informação traz para o produtor a obrigação de informar — diz Denise Rezende, gerente-geral de alimentos da Anvisa.

Segundo ela, com a medida, o mercado vai ter que adotar um sistema de rastreamento dos produtos. Denise lembrou que, no caso Ades, a empresa não sabia onde estavam as unidades contaminadas. A Anvisa negou que a decisão de abrir a consulta pública foi tomada agora por causa do caso Ades, e informou que o tema vinha sendo tratado desde 2007.

No mês passado, a Unilever anunciou o recall de 96 unidades da bebida Ades de 1,5 litro, sabor maçã, por falhas no processo de envasamento da bebida. O produto foi contaminado com soda cáustica. A Anvisa suspendeu a fabricação, a distribuição, a venda e o consumo, em todo o território nacional, de lotes de todos os sabores da bebida fabricada em Pouso Alegre (MG), onde ocorreu o problema.

Em 2011, caso semelhante ocorreu com o achocolatado Toddynho. A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul registrou pelo menos 39 casos de intoxicação por causa da bebida, como irritação e queimaduras na boca de crianças. Na época, a Anvisa pediu a inspeção da fábrica do produto e a empresa fabricante fez o recall de 80 unidades.
 
Fonte Agência Brasil

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