Rio de Janeiro – A diarista Neide de Moura, de 43 anos de idade, deixou ontem
(17) o Hospital de Cardiologia Aloysio de Castro, no Humaitá, zona sul da
capital fluminense, para onde foi levada depois de ser medicada com uma injeção
de adrenalina em vez de um sedativo ao ser atendida para um exame de endoscopia
digestiva no Hospital Municipal Salgado Filho, no bairro do Méier, na zona norte
da cidade.
A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil informou que a diretoria do
Salgado Filho abriu sindicância para apurar o erro médico no atendimento da
diarista. A família de Neide de Moura registrou o caso na delegacia do
Méier.
O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) há vários dias
tem feito denúncias sobre as péssimas condições de atendimento no hospital. Uma
equipe do Cremerj esteve na Emergência da unidade e constatou deficiência no
número de médicos em diversas especialidades, contrariando a Resolução 100 do
conselho em relação às normas mínimas para o atendimento de urgência nos
hospitais da rede pública de saúde.
O secretário-geral do Cremerj, Pablo Vazquez, disse que o Hospital Salgado
Filho tem um déficit de 50% de médicos na Emergência e, por isso, os pacientes
não têm um bom atendimento.
“Na última vistoria no mês de abril, seis médicos neurocirurgiões estavam
atendendo no setor, quando o ideal seriam 14 profissionais. Faltam clínicos
gerais, anestesistas e neurocirurgiões”, disse. Segundo Varquez, o conselho
encaminhará o relatório da sindicância no hospital para a assessoria Jurídica do
Cremerj.
Fonte Agência Brasil
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