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sábado, 21 de setembro de 2013

Exercícios físicos podem ser aliados no combate à depressão

Exercícios físicos podem ser aliados no combate à depressão Reprodução/Reprodução
Foto: Reprodução / Reprodução
Exercício físico atua como antidepressivo
Especialista explica que o exercício age no cérebro da mesma forma que os antidepressivos
 
A depressão é um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. Entre as principais características estão a perda de peso, o sentimento de culpa, a hipocondria, a queixa frequente de dores e, eventualmente, a psicose. Esses sintomas são mais acentuados nos idosos do que nos jovens, o que pode contribuir para uma diminuição do condicionamento cardiorrespiratório.
 
De acordo com a personal trainer e mestre em fisiologia Carla Britto, em um estudo longitudinal realizado com idosos evidenciou-se que a depressão está relacionada com baixos níveis de condicionamento físico. Isso poderia indicar, portanto, que o distúrbio seria uma das causas da diminuição do estado geral de aptidão física.
 
— A afirmação de que a prática de exercícios físicos é capaz de atenuar os sintomas da depressão ainda não está bem clara, mas é provável que seja uma explicação multifatorial — completa Carla.
 
A especialista explica que o exercício age no cérebro da mesma forma que os antidepressivos. A hipótese para explicar essa relação é o aumento das monoaminas, neurotransmissores como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina.
 
— Durante os exercícios aeróbios, os níveis de prolactina estão elevados, refletindo um aumento central da serotonina. Dessa forma, a serotonina pode atenuar a formação de memórias relacionadas ao medo e diminuir as respostas a eventos ameaçadores relacionados aos sintomas da depressão.
 
Outra droga também associada ao exercício físico é a síntese de dopamina que está ligada com o desempenho motor, a motivação locomotora e a modulação emocional — afirma a personal trainer.
 
As atividades físicas mais indicadas para a depressão são os exercícios aeróbios, que ativam de 60% a 80% da frequência cardíaca máxima do indivíduo, segundo a pesquisa Meyer & Boocks, de 2000.
 
A recomendação, segundo Carla, é que o paciente pratique de três a cinco vezes por semana, em sessões de 45 a 60 minutos. As atividades longas e menos intensas são preferíveis, pois interrompem com maior eficácia os pensamentos negativos.
 
O exercício físico, portanto, pode ser um aliado no combate aos problemas gerados pela depressão, indo muito além de um simples ganho de massa muscular e emagrecimento.
 
Zero Hora

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